Para evitar problemas com a Lei Seca, muitos motoristas optam por tomar cervejas sem álcool em eventos sociais. Mas nem mesmo esta opção é totalmente segura.
Por conta da legislação nacional, muitos produtos rotulados como “sem álcool” podem carregar traços da substância, que se ingeridos em excesso, podem ser identificados no teste do bafômetro.
Isso acontece principalmente por conta do processo de fermentação, que nem sempre consegue eliminar totalmente o álcool, deixando resquícios de até 0,5% de teor para trás.
Sendo assim, caso um teste seja efetuado logo após ingerir o produto, ou haja um consumo em excesso, a presença da substância pode ser identificada, resultando em graves penalidades.
Considerando que o teor alcoólico pode não ser o suficiente para deixar o motorista em estado de embriaguez absoluta, casos como estes podem ser enquadrados no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), acarretando as seguintes consequências:
- Multa de R$ 2.934,70;
- Suspensão do direito de dirigir por 12 meses;
- Recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, caso necessário.
Como consumir cerveja sem álcool corretamente
Por conta do baixíssimo teor alcoólico, é praticamente impossível saber se uma cerveja sem álcool realmente é segura para consumo apenas pelo sabor.
Portanto, para se ter alguma garantia, é necessário analisar o rótulo da bebida com cautela, averiguando se realmente há uma indicação apontando que a cerveja conta com 0,0% de álcool em sua composição.
Embora evitar o consumo antes de dirigir seja definitivamente a opção mais segura, bebidas com teor alcoólico de 0,0% declarado costumam ser mais seguras.
Vale lembrar que existem dois métodos principais para produzir cerveja sem álcool, sendo eles a fermentação interrompida e a desalcoolização. E ambos podem acabar deixando traços da substância.
A legislação da Lei Seca adota tolerância zero para álcool no trânsito. Sendo assim, qualquer quantidade de álcool detectada no bafômetro já pode gerar problemas.