As autoridades de saúde dos Estados Unidos emitiram um alerta para as praias neste verão no país devido a um aumento significativo de infecções causadas pela bactéria Vibrio vulnificus.
Essa bactéria, identificada normalmente em águas salgadas e salobras, causa infecções graves e, em casos extremos, pode levar á morte.
Durante os meses de maio a outubro, quando as temperaturas das águas sobem, a proliferação do Vibrio vulnificus se intensifica, especialmente em locais turísticos, como o famoso Píer de Santa Mônica, na Califórnia, impactando o turismo na região.
Infecções
Entre 1988 e 2018, as infecções causadas por essa bactéria aumentaram consideravelmente, com projeções indicando uma disseminação crescente se o aquecimento global continuar.
Nos Estados Unidos, são registrados cerca de 80 mil casos de vibriose anualmente. As infecções ligadas a essa bactéria ocorrem principalmente pelo consumo de frutos do mar contaminados ou pelo contato de feridas abertas com a água.
Nos casos da infecção por meio de feridas, o quadro pode evoluir para condições graves como a fasciíte necrosante, uma infecção destrutiva dos tecidos que requer tratamento médico imediato.
Impacto nas praias e medidas de segurança
Diante desse cenário, muitas praias americanas foram colocadas sob vigilância rigorosa, e algumas tiveram suas águas interditadas temporariamente.
Como medida preventiva, as autoridades de saúde recomendam que banhistas evitem entrar em águas contaminadas com feridas abertas e que tomem cuidado ao consumir frutos do mar, especialmente ostras cruas notórias por acumular bactérias.
Qualquer sintoma como vermelhidão, dor ou febre após a exposição às águas contaminadas deve ser tratado urgentemente.
Mudanças climáticas e a proliferação cacteriana
As mudanças climáticas estão sendo apontadas como um fator crucial no aumento das infecções por Vibrio vulnificus. Com as temperaturas mais elevadas e frequentes eventos extremos, como furacões, a proliferação dessas bactérias em águas aquecidas está se tornando comum.
Estudos publicados na Scientific Reports preveem que as infecções por essa bactéria se espalharão por toda a costa leste dos EUA até 2081, a menos que medidas ambientais eficazes sejam adotadas.