Em janeiro deste ano, um iceberg de 510 km² se desprendeu da plataforma de gelo George VI, na Antártida, e revelou a existência de uma área submersa inexplorada por décadas.
Mas esta não foi a única descoberta feita pelo Schmidt Ocean Institute no local, uma vez que a equipe a bordo do navio de pesquisa Falkor também registrou a presença de um raro e gigantesco animal marinho.
Conhecida como medusa fantasma gigante, ou por seu nome científico, Stygiomedusa gigantea, este exemplar de água-viva pode ultrapassar os 10 metros de comprimento, considerando a extensão de seus braços orais.

A presença do animal foi registrada por meio de um veículo subaquático operado remotamente, que conseguiu capturar diversas imagens da água-viva.
E vale destacar que a descoberta despertou a atenção da comunidade científica, levando em conta que a espécie é tão rara que, desde seu primeiro registro em 1910, ela foi avistada menos de 130 vezes.
Aparição de animal na Antártida gera preocupações
A medusa fantasma gigante costuma viver em águas profundas, geralmente em regiões de difícil acesso. Contudo, sua aparição em águas rasas levantou questões cruciais sobre a biologia marinha e, principalmente, os impactos do aquecimento global.
Isso porque, de acordo com pesquisadores, a migração destas criaturas pode ter relação com as correntes oceânicas e variações sazonais na oferta de presas.
Sendo assim, estudos contínuos sobre como as mudanças climáticas estão afetando profundamente os habitats marinhos são extremamente urgentes.
Outras criaturas descobertas na Antártida
Além da rara água-viva, o desprendimento do iceberg na Antártida também revelou a existência de uma biodiversidade surpreendente com mais registros das seguintes criaturas:
- Esponjas centenárias em forma de vaso;
- Aranhas-do-mar gigantes;
- Peixes, polvos e outros organismos marinhos.
A presença deste ecossistema revelou que formas de vida complexas conseguem se desenvolver mesmo em ambientes mais extremos, contradizendo afirmações anteriores.