Pensando em uma reformulação para a prova da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o governo a deixará ainda mais difícil.
Com isso, retirará a exigência quanto às aulas práticas, dando a possibilidade ao futuro motorista de apresentar seus conhecimentos.
O propósito também se dá pelo fato de que existem aproximadamente 20 milhões de indivíduos que conduzem não só carros, mas também motos sem a regularidade exigida pelo documento. Os dados são da Senatran.
As exigências
O secretário de trânsito, Adrualdo Catão, concedeu uma entrevista à coluna de Paula Gama, do UOL, onde disse: “O que existe no modelo de hoje é uma barreira de entrada que empurra essas pessoas para a informalidade. A proposta é dar acesso e cobrar desempenho na prova. Quem souber, passa. Quem não souber, não passa”.
Hoje, o valor para tirar a CNH é um tanto inacessível, e algumas pessoas dirigem veículos sem a habilitação correta. Tendo preços que variam, estes vão de R$ 3.000 a R$ 4.000. Indo além, ainda é preciso custear a autoescola, que oferece tanto aulas práticas quanto o modelo teórico.
O novo modelo, que dará mais dificuldade à prova da CNH, é repassar aquilo que antes era uma obrigatoriedade do condutor, mas, desta vez, para o futuro motorista. Antes, era necessário cumprir 20 horas de aulas, o que não será mais exigido. Com isso, a pessoa poderá definir o que quiser. Sendo assim, pode não fazer nenhuma delas, fazer somente algumas e, depois, chegará à avaliação dificultosa.
Ainda sobre isso, especialmente a parte teórica para tirar a CNH, haverá um meio de fazê-la sem custear nada, sendo em uma plataforma digital. Por ser do governo, o direcionamento encaminhará para o Senatran, em uma proposta EAD. Já as aulas, essas não serão em tempo real.
Sendo assim, donos de autoescolas se preocupam com essa nova proposta. Mas o governo explica que, apesar da mudança, o propósito delas será outro. Portanto, a pessoa ficará livre para decidir, podendo fazer as aulas teóricas, além da possibilidade de contar com o auxílio de instrutores que trabalham como autônomos.