Um levantamento feito pela CNI mostra que os Estados Unidos podem ser os mais prejudicados pelas tarifas comerciais adotadas por Donald Trump.
Afetando importações de países como Brasil e China, pode reduzir o PIB americano em 0,37%. Sofrendo impacto, pode dar aos brasileiros uma retração estimada em 0,16% no PIB.
Com a economia global caindo 0,12%, incluindo o comércio internacional, 2,1%. Setores mais afetados são da indústria de tratores e máquinas agrícolas, podendo dar 4,18% de retração na produção.
As consequências
Quanto à indústria de aeronaves, essas podem registrar uma queda de 9,1 na produção e 22,3% nas exportações com as tarifas de Trump. A produção de carne de frango também deve sofrer, com retração de 4,1% e redução de 11,3% consecutivamente. Os estados que mais podem sofrer se referem a São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
Representando 12% das exportações brasileiras e 16% das importações, o setor da indústria de transformação se concentra com 78,2%. Entre 2015 e 2024, os EUA acumularam superávit de US$ 43 bilhões em bens e US$ 165 bilhões em serviços. Apesar disso, o Brasil aplica uma tarifa média de apenas 2,7% sobre produtos americanos.
Sendo uma porcentagem inferior à de outros países emergentes, a CNI recomenda diversificar mercados e avançar nas negociações comerciais. Indicando prejuízo tanto para a produção quanto para a inserção do país no mercado externo, as tarifas de Trump negativam.
As trocas comerciais entre Brasil e Estados Unidos refletem desequilíbrios. Mesmo com isso, a dinâmica torna os efeitos das tarifas ainda mais complexos para ambas as economias. Os impactos das medidas não são protecionistas, onde setores-chave podem sofrer consequências significativas. Por isso, negociar e diversificar é essencial.
Reduzindo riscos, ambos os lados devem avançar nas negociações comerciais, onde se busque diversificar seus mercados. Essas ações são vistas como essenciais, onde devem ser feitas para mitigar efeitos negativos das tarifas e preservar a estabilidade econômica para todos.