Aquilo que foi sentido durante o período de inverno em 2023 não diz respeito às normalidades. Com isso, o calor que se teve foi um dos mais agressivos.
Era possível notar temperaturas que se aproximavam de 40ºC, onde até mesmo a estação seguinte, como a primavera, foi afetada.
Com essas constatações no Brasil, também foi possível ver pelo hemisfério norte, onde as pessoas tiveram contato com o calor extremo.
O fenômeno preocupante
Diante de uma análise feita pela World Weather Attribution (WWA), o calor extremo que foi visualizado só aconteceu no hemisfério norte por conta da responsabilidade da humanidade. Ainda segundo a pesquisa, o que aconteceu seria difícil, especialmente se não houvesse questões humanas envolvidas.
Caso não haja mudança brusca de comportamento, o calor extremo será cada vez mais notado pelas pessoas. Dando indícios até de aquecimento global, elas devem ficar atentas. Com a elevação, outras constatações podem ocorrer, principalmente relacionadas a perigos naturais.
O professor Ricardo de Camargo disse à CNN: “Esse ano particular agora não dá mais espaço para aquelas visões céticas do aquecimento global”. Ele continuou: “É indubitável: todas as evidências estão aí saltando aos olhos de todos e não há negacionismo que sustente diante de tantas alterações”.
Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, este retratou o calor extremo como algo que pode modificar questões meteorológicas. Ou seja, é possível que a estação do inverno se torne mais quente, podendo ocorrer até ciclones. Quanto ao Brasil, as chuvas podem resultar em uma espécie de ciclone extratropical. Um exemplo ocorreu no Rio Grande do Sul, onde houve 48 mortes.
“Como o planeta está mais quente, nós vamos ter naturalmente mais ondas de calor e mais calor”, enfatizou Karina Lima, doutoranda na UFRGS, à CNN. Sobre o ano de 2023, especificamente em julho, foi possível perceber que o calor extremo foi o mais intenso nos últimos 120 mil anos da Terra. Portanto, é possível que haja uma elevação até 2027, com 98% de possibilidade.