Na meia-idade, garantir um sono adequado se revela crucial para a saúde geral. Um estudo da revista PLOS Medicine destaca que, para pessoas com 50 anos ou mais, dormir cinco horas ou menos por noite aumenta em 30% o risco de desenvolver doenças crônicas, quando comparados àqueles que dormem por sete horas.
Estudos realizados no Reino Unido, envolvendo cerca de 8.000 funcionários públicos, evidenciam que este padrão de sono insuficiente tem vínculos significativos com múltiplas doenças crônicas. Além disso, se mantido até os 60 ou 70 anos, o risco pode aumentar para até 40%.
Impactos no cérebro e corpo
A privação de sono não se limita a efeitos físicos; ela envolve riscos para a saúde mental. Existe uma ligação direta entre a privação crônica de sono e o aumento de condições neurodegenerativas, como demência e Alzheimer.
Durante o sono, o cérebro desempenha funções vitais, eliminando toxinas nocivas. Quando esse processo é interrompido, há uma aceleração na degradação cognitiva
Além dos impactos no cérebro, a privação de sono afeta o metabolismo, alterando hormônios responsáveis pelo controle do apetite e contribuindo para a obesidade.
Essa relação também se manifesta em doenças como hipertensão e problemas cardiovasculares. É notável que a apneia do sono, um dos distúrbios mais comuns, está associada a um aumento significativo no risco de acidente vascular cerebral (AVC).
Sono insuficiente e suas ramificações
No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios de sono, como insônia e apneia, refletindo uma preocupação de saúde pública que afeta o bem-estar e a produtividade.
Pessoas com sono inadequado frequentemente experimentam cansaço extremo, lapsos de concentração, e baixo desempenho em suas atividades diárias, resultando em prejuízos pessoais e profissionais.
A solução pode residir em práticas efetivas de higiene do sono. Recomenda-se manter horários regulares de sono, evitar cafeína e álcool à noite, e criar um ambiente propício para o descanso. Essas práticas são fundamentais para mitigar os riscos associados à privação de sono, especialmente para aqueles já convivendo com condições crônicas.