Quando o Brasil começou a ir para o brejo?
“Em que momento o Peru tinha se ferrado?” A frase está logo no primeiro parágrafo de Conversa na Catedral, de Mario Vargas Llosa — que obviamente não usou “ferrado”, e sim uma palavra que não posso publicar nesta revista da família brasileira que é a Crusoé. Volto a ela sempre que as redes sociais, lugar...
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“Em que momento o Peru tinha se ferrado?” A frase está logo no primeiro parágrafo de Conversa na Catedral, de Mario Vargas Llosa — que obviamente não usou “ferrado”, e sim uma palavra que não posso publicar nesta revista da família brasileira que é a Crusoé. Volto a ela sempre que as redes sociais, lugar insalubre no qual insisto em perder meu tempo, amplificam o habitual vazamento de chorume do Bananão até torná-lo uma torrente, um tsunami, um dilúvio bíblico de gente sendo extraordinariamente idiota todo dia.
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Comentários (10)
Alessandro
2022-02-15 18:44:07Deixei de ler esta coluna pseudo-humorística faz tempo porque sinto ojeriza por pessoas pedantes. Mas um conhecido convidou-me a ler a coluna desta semana, particularmente carregada de grosserias. De fato o autor não se furtou a fazer o que faz de melhor: disparar coices‼️ Logo, concluo que o autor volta às redes sociais porque talvez lá ele se sinta em casa, bem confortável em meio ao que o próprio definiu como “lugar insalubre”, ideal para “gente extraordinariamente idiota”. Vade retro…
TerezaRegina
2022-02-14 13:08:56Goiaba, tenho uma edição antiga do livro, onde Vargas Lhosa reclama que não é "da Catedral" e sim DO Catedral, um local onde costumava se reunir. Que Mario Sabino esclareça, ou então, Diogo Mainardi, os mestres em literatura.
Antonio
2022-02-13 20:26:56Goiaba , o Brasil começou a ir pro brejo , quando Pedro Álvares Cabral desembarcou em algum lugar da costa brasileira.
SERGIO SL
2022-02-13 12:05:56Brilhante, Ruy. Você se superou !!
Ney
2022-02-13 10:35:46Na introdução do Manual do Perfeito Idiota Latino, Vargas Llosa nos adverte de que o manual tem textos engraçados, mas ao final nos deixa tristes. Assim costumam ser os textos do Ruy. Neste o costume permaneceu incólume. Que país triste é este nosso. Risível, mas triste. Que não se entenda mal, a crítica é feita a nós. Não ao Ruy.
Ana Galdino dos Santos
2022-02-13 10:08:27Quanto mais burro e inescrupuloso mais tem notoriedade. Ser banda B tem seus encantos.
Roberto
2022-02-13 00:38:09Existem muitos brejos. O Brasil foi criado em um. E, no máximo, só se moveu para pântanos mais profundos.
Suzane
2022-02-12 21:56:04"Alester Clauli"? Qual mãe, em sã consciência, renderia homenagens a Aleister Crowley, ainda mais cunhando essa versão parvo-brasileira do nome para seu filho? É impressionante com dois "ss", viu, ex-ministro da Educação?
JoseRMonteiro
2022-02-12 20:55:05O Brasil nunca se ferrou mesmo, e essa é nossa maior desgraça. O meio certo embuti automaticamente o meio errado. O jeitinho brasileiro acaba sempre achando uma saída, para não corrigir definitivamente nada. Nossa sina parece ser o país do futuro, com um presente sempre duvidoso, onde nem o passado é conhecido. Inventamos o descondenamento de crimes realmente cometidos. Somos imperdoáveis.
Sandra m graichen
2022-02-12 18:42:58👏👏👏👏👏👏