As antirreformas de Bolsonaro
O governo teve a proeza de criar uma situação inusitada: graças à distorção das propostas encaminhadas ao Congresso, o empresariado agora prefere deixar as reformas econômicas para depois
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A aprovação de reformas econômicas capazes de resolver problemas estruturais, equilibrar as contas e elevar a competitividade sempre foi um dos principais anseios do empresariado brasileiro, que nas últimas décadas pressionou o governo e o Congresso por mudanças nas leis de modo a tirar a economia do atoleiro. Só que a união perniciosa entre o Palácio do Planalto e o Centrão, consolidada no início da pandemia para salvar Jair Bolsonaro do impeachment, gerou uma situação inusitada: boa parte do mercado passou a torcer abertamente contra as reformas. É que para tentar aprovar propostas como as reformas tributária e administrativa, além de privatizações como a da Eletrobras, o governo precisou fazer concessões ilimitadas a parlamentares e segmentos com forte poder de lobby no Congresso. Essa rendição do Planalto aos interesses paroquiais de senadores e deputados acabou por desvirtuar as propostas essenciais para a retomada do crescimento, simplificação do sistema tributário brasileiro e moralização do serviço público. Hoje, o entendimento de segmentos do setor produtivo é o de que, ao invés de combater privilégios e distorções, os projetos do governo remendados no Congresso ampliam benesses, aumentam os gastos públicos e favorecem pequenos grupos. Portanto, é quase um consenso entre eles de que, agora, o caminho mais seguro é esperar o fim do governo Bolsonaro para voltar a discutir as reformas econômicas.
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Comentários (10)
Alberto de Araújo
2021-10-04 17:19:47Excelente comentário. A mesmice prevalece sempre. Lula e comparsas, e agora Bolsonaro, são aves da mesma plumagem. Populistas de mãos cheias. Os populistas só pensam nas próximas eleições. O país que se friggere. Um país que deturpa os verdadeiros valores humanos, só pode gerar uma sociedade moralmente doente.
Vigiando
2021-10-04 15:48:57Conseguem piorar o que esta péssimo.
Carlos Renato Cardoso da Costa
2021-10-04 08:56:12Matéria esclarecedora. Obrigado. Mais um exemplo prático das consequências nefastas da perniciosa relação executivo/centrão. E pensar que esse governo iniciou com ímpeto reformista. Hoje não sobrou nada e as reformas são deformantes.
GERALDO CARVALHO
2021-10-03 22:18:07Bolsonaro é psicopata e esses são imparáveis.
Sergio
2021-10-03 13:06:54Qualquer reforma nesse Bananão deverá passar antes pela reforma política pra valer, com eliminação da reeleição para qualquer cargo, com eliminação do nepotismo em todas as suas nuances, com eliminação de privilégios e gastos absurdos de todos os poderes e castas incrustradas nas estruturas públicas (e quiçá de economia mista ou privada).Como essa possibilidade dependerá da visita do arcturianos pode-se tranqüilamente esquecer as demais...
KEDMA
2021-10-03 11:29:57Muito boa reportagem Helena Mader.
Luiz
2021-10-03 11:14:01historicamente no Brasil nunca houve um projeto de lei que originalmente melhorasse o Brasil, aprovado na Íntegra , todos são desfigurados e enchido de jabutis pelos picaretas, com a pressão dos lobby de privilegiados, e sempre acabam piorando tudo , assim foi as 10 medidas de combate a corrupção que virou um salvo conduto para corruptos e sempre tem espaço para piorar , enquanto o povo não parar de manter seus políticos de estimação malandros ,destruindo essa nação.
Renato Garcia
2021-10-03 08:55:26Nenhum Governo terá sido legítimo, enquanto houver funcionários públicos com supersalários e férias de 60 dias ... e isto é só o começo da faxina ...
Clayton De Souza PONTES
2021-10-03 07:58:32A lei de Parkinson funciona muito bem no país: quanto maior a ineficiência dos serviços mais tributos nós pagamos. E assim permanecemos nos voos de galinha
Mirian A.P. Aires
2021-10-03 07:21:59Não vejo o momento dessa "praga" de governo terminar. É uma catástrofe para a nação, desde o início. #forabolsonaro #luladraonacadeia