20.09.2024 Assinar
Edição semana 127

Por menos privilégios

Paulo Uebel, o ex-secretário do Ministério da Economia que ajudou a desenhar a reforma administrativa, diz que a pressão popular pode fazer com que o Congresso inclua os atuais servidores nas novas regras

Crusoé
13 minutos de leitura 02.10.2020 02:22 comentários 10
"Os pontos mais importantes são os que tratam das vedações de privilégios. Isso o Congresso só deveria ampliar, e não reduzir"
Atenção!

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Faça parte de O Antagonista + Crusoé e tenha acesso ilimitado com:

ACESSO ILIMITADO AOS CONTEÚDOS do site O Antagonista e das matérias semanais da Revista Crusoé

Acesso à área de COMENTÁRIOS nos sites

Acesso exclusivo ao programa semanal LATITUDE, com discussões sobre geopolítica

Acesso ao acervo de MATÉRIAS ESPECIAIS DE JORNALISMO da Revista Crusoé

Participação no grupo de disparo de notícias de O Antagonista + Crusoé no TELEGRAM

Descontos de até 70%

Notícias mais importantes do Brasil e do mundo

Reportagens exclusivas, bastidores do poder e análise crítica de quem fiscaliza o poder

O lobby dos servidores públicos por décadas assombrou os ocupantes do Palácio do Planalto. Com a pressão do funcionalismo, categorias conquistaram benefícios e privilégios impensáveis na iniciativa privada e tiveram generosos reajustes salariais, com aumentos reais até 130% acima da inflação. As benesses não se converteram em melhorias dos serviços prestados aos cidadãos pagadores de impostos. Pelo contrário. Os indicadores sociais brasileiros despencam enquanto a folha de pagamento do governo federal cresce sem controle. Em 2018, ainda na transição, o especialista em administração pública Paulo Uebel foi escalado por Paulo Guedes para mexer nesse vespeiro. Nomeado secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, o ex-CEO de empresas multinacionais ficou 20 meses no governo e deixou o cargo no mês passado. Saiu do Ministério da Economia ao se convencer da completa falta de empenho não só no governo, mas também nos outros poderes, para mudar o quadro. O pedido de demissão de Uebel, entretanto, teve o poder de chacoalhar a Esplanada e constranger aqueles que, por razões políticas ou interesses pessoais, se opunham à reforma administrativa. Poucas semanas após a saída dele, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de postergar o envio da proposta até 2021 e mandou logo o texto para o Congresso.

Edição Semana 333

Mensagens explosivas

Caio Mattos Visualizar

A cadeirada é uma força invencível 

Jerônimo Teixeira Visualizar

Mega-Sena, apostas em futebol, café em Nova York... 

Ivan Sant’Anna Visualizar

O judicialismo como rebaixamento da política 

Leonardo Barreto Visualizar

As cadeiras não têm nada de metafísicas

Orlando Tosetto Júnior Visualizar

O flanco aberto entre os democratas

Márcio Coimbra Visualizar

Mais Lidas

Com inteligência, Israel humilha Irã e Hezbollah

Com inteligência, Israel humilha Irã e Hezbollah

Visualizar notícia
Falta muito pouco para o fim militar do Hamas

Falta muito pouco para o fim militar do Hamas

Visualizar notícia
Lula vai testemunhar a destruição da democracia no México

Lula vai testemunhar a destruição da democracia no México

Visualizar notícia
González Urrutia diz que foi coagido a assinar documento

González Urrutia diz que foi coagido a assinar documento

Visualizar notícia
Wasp Network: piloto cubano se aposentou e foi morar nos EUA

Wasp Network: piloto cubano se aposentou e foi morar nos EUA

Visualizar notícia
Irã acusa Israel de “assassinato em massa” por explosão de pagers do aliado Hezbollah

Irã acusa Israel de “assassinato em massa” por explosão de pagers do aliado Hezbollah

Visualizar notícia
EUA investigam transmissão entre humanos de nova cepa da gripe aviária

EUA investigam transmissão entre humanos de nova cepa da gripe aviária

Visualizar notícia
Como o Brasil pode ajudar os seis venezuelanos na embaixada em Caracas

Como o Brasil pode ajudar os seis venezuelanos na embaixada em Caracas

Visualizar notícia
Eleições nos EUA: Kamala lidera, segundo sondagem de instituto brasileiro

Eleições nos EUA: Kamala lidera, segundo sondagem de instituto brasileiro

Visualizar notícia
Sem se entender com Zelensky, Lula conversa com Putin

Sem se entender com Zelensky, Lula conversa com Putin

Visualizar notícia

Tags relacionadas

Advocacia-geral da União

avaliação

comissionados

conflito de interesse

Congresso

demissão

demissão de servidor

diplomatas

estabilidade

estabilidade de servidor

férias

férias de 60 dias

funcionalismo público

Itamaraty

juízes

Legislativo

Lobby

magistratura

Ministério da Economia

OCDE

Palácio do Planalto

Paulo Guedes

Paulo Uebel

perseguição

Poder Judiciário

privilégios

promoção

Promotores

Rachadinha

reforma administrativa

reforma da Previdência

regime jurídico único

salários

serviços públicos

Servidores públicos

< Notícia Anterior

As contas de Wassef

02.10.2020 00:00 | 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Radicais revoltados

02.10.2020 00:00 | 4 minutos de leitura

Crusoé

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (10)

Anselmo

2020-10-06 21:31:16

Há verdade no que ele fala. Mas, gostaria de saber o que cargos como juiz, promotor, diplomata, auditor da receita, etc fazem fora a título de remuneração extra? Ele joga ao vento mentiras e a Crusoé, combativa das fake news, "aceita". Ou seja, contra servidor, vale tudo.


Jose

2020-10-05 17:16:23

Esta demorando muito esta reforma. Com ela as outras reformas, tributaria, politica, etc teria outra dimensão. Precisamos URGENTE de mobilizar o POVO para podermos ter um BRASIL enxuto ,potente , competente e respeitado AQUI e LA FORA


Marcos

2020-10-05 15:06:37

Parabéns Crusoé pela excelente entrevista. O povo, que é quem paga essa farra com o dinheiro dos impostos, precisa saber em detalhes o que uns poucos fazem com seus impostos. Precisamos aprovar essa reforma administrativa, a política, a tributária, bem como fazer aqui o mesmo que a Itália 🇮🇹 fez, que é a redução em, pelo menos, 1/3 do número de deputados e senadores. Não podemos esquecer de reduzir, também, o número de municípios com seus prefeitos, vices e vereadores, além dos seus aspones.


Leandro Domingues

2020-10-05 08:54:58

Boa matéria. Tenho minhas dúvidas sobre o efeito prático no dia a dia de servidores. Exem.: os subordinados ficarão ainda mais submissos aos chefes, com medo de serem demitidos? quando presenciarem peculato, poderão denunciar e terão seu cargo preservado? Gosto da idéia da reforma, ela é muito necessária, mas precisamos estruturar melhor a implementação e garantir que tenhamos as tecnologias necessárias para controlar abusos de chefias e partidos políticos.


Sandra

2020-10-05 03:58:00

Essa reforma cria a possibilidade do estado inteiro virar um mar de indicações políticas Se hoje não há qualidade no serviço público, com essa reforma não haverá mais nenhuma qualidade e troca de indicados a cada eleição. Serra mais caro e muito pior


Rodrigo

2020-10-04 22:18:26

Sou Policial Federal , fiz um dos concursos mais difíceis do Brasil e sirvo meu país com eficiência e orgulho , apenas pra ver esse senhor me tratar como bandido e cuspir nos meus direitos honestamente adquiridos . Cortem antes os assessores e ccs inuteis , as fundaçoes e estatais deficitárias e corruptas , as transferências bilionárias para algumas ongs ( nao todas ) de faixada , os privilegios inaceitaveis e exclusivos de militares , desembargadores etc .... e depois venham querer conversar !


Flavia

2020-10-04 17:22:33

Excelente!!


Scully

2020-10-04 16:05:19

Se pretendem reduzir gastos comecem com dignidade: auditorias de verdade (que não existem) e cortes de gastos de todos: políticos, militares, governos, juízes, funcionários públicos... Não se consegue controlar nem os cartões corporativos...faça-me o favor! chega de enganação!!


Izabel

2020-10-04 15:05:18

é tanto absurdos que eu acho que o conserto será começar tudo de novo ... vende tudo ... e quanto ao judiciário será mais fácil lidar tendo coragem e sem reeleição


Tal

2020-10-04 11:46:08

Excelente matéria. Uma bandalheira a política de privilégios. Pior que a política é o uso da "força" e do "cinismo pra garantir os privilégios. Dentro dessa multidão onde se aboletam os funcionários públicos está o interesse disfarçado (ou não) da turba imensa que gravita no Congresso Nacional, no Judiciário - com os verdadeiros absurdos nos Supremos da vida -, nas Embaixadas, Consulados e que tais (longe das vistas do povo), nas Câmaras de Vereadores, na Câmara Legislativa da capital do país.


Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

O dia a dia de uma bolsista brasileira em Harvard

O dia a dia de uma bolsista brasileira em Harvard

Felipe Moura Brasil
09.08.2024 03:30 35 minutos de leitura
Visualizar notícia
A história da estudante de Medicina que descobriu asteroides

A história da estudante de Medicina que descobriu asteroides

Felipe Moura Brasil
02.08.2024 03:30 21 minutos de leitura
Visualizar notícia
Grupo TAPA: "Os consultórios psicanalíticos e os teatros estão cheios"

Grupo TAPA: "Os consultórios psicanalíticos e os teatros estão cheios"

José Inácio Pilar
26.07.2024 03:30 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
A história do primeiro brasileiro PhD em Engenharia em Harvard

A história do primeiro brasileiro PhD em Engenharia em Harvard

Felipe Moura Brasil
25.07.2024 19:44 40 minutos de leitura
Visualizar notícia