Adriano Machado/Crusoé

A bola está com o Centrão

O deputado Marcelo Ramos, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, diz que o futuro da proposta dependerá muito mais dos parlamentares dos partidos de centro do que dos aliados do governo ou da oposição. Ele acredita que a aprovação poderá vir em julho
14.06.19

Em seu primeiro mandato como deputado federal, o advogado amazonense Marcelo Ramos, de 45 anos, ganhou um presente. Foi escolhido para presidir, na Câmara, a comissão especial que analisa o mérito da pauta econômica mais importante do governo: a reforma da Previdência. O presidente da casa, Rodrigo Maia, foi quem o escolheu. Especialmente porque o novato Ramos é do PL, até há pouco chamado de PR, um dos principais partidos do Centrão, o bloco informal que inclui ainda DEM, PP, PSD, PRB e Solidariedade — e que, sabidamente, joga junto com Maia.

Com governo e oposição sem maioria para aprovar o que querem, o grupo atua como o fiel da balança. E é justamente esse papel do Centrão que Marcelo Ramos diz que vai ser determinante para a reforma. Para ele, o futuro da proposta não depende nem dos governistas nem da oposição: “A oposição não tem voto para paralisar e o governo não tem voto para aprovar. Quem decide se as coisas andam ou não são os partidos de centro, que têm a grande maioria dos deputados aqui”.

Nesta quinta-feira, 13, a comissão especial presidida por Ramos conheceu o parecer do relator da reforma, o deputado tucano Samuel Moreira, de São Paulo, que altera alguns pontos do texto original enviado pelo governo. Marcelo Ramos acredita que conseguirá levar a proposta a votação na comissão antes do recesso de julho. A seguir, os principais trechos de sua entrevista a Crusoé.

A reforma da Previdência passa na comissão e no plenário antes do recesso de julho?
Se conseguirmos trabalhar na semana do São João, que é a última de junho, acredito que termina na última semana do mês na comissão. Se não conseguirmos, será na primeira semana de julho. Aí vai para o plenário. Na comissão, precisa da maioria simples do total de 49 votos, o que significa 25 votos. Como o processo de discussão da matéria é aberto, todos os deputados podem falar, mas é possível haver aprovação de requerimento para encerramento da discussão depois de falarem cinco a favor e cinco contra. Tenho sugerido à oposição que, em vez de fazer aquela obstrução tola, despolitizada, que aja de forma mais qualificada, que abra mão da obstrução regimental para garantirmos a fala de todos. Um debate mais prolongado acho que é bom para todo mundo. Ganha a sociedade, porque pode assistir a mais opiniões sobre um tema que é sensível. Ganha a oposição, porque vai ter espaço para falar e emitir sua opinião. Ganha o governo, porque vai ter o espaço para defender a proposta. E, acima de tudo, ganha o Parlamento, que não vai cumprir aquele papelão dessas obstruções que, às vezes, até ridicularizam o Congresso.

E no plenário, é possível aprovar ainda em julho?
No plenário, precisa de três quintos de 513 votos. São 308 votos. A construção é um pouco mais complicada. Mas aí a responsabilidade já não é minha, passa para as mãos do presidente Rodrigo Maia. Não é uma tarefa fácil, mas acho que é possível. A capacidade de aprovar ou não antes do recesso tem relação direta com o nível de unidade que houver em torno do relatório. Se o relatório conseguir unificar os partidos de centro em torno dele, fica mais fácil de aprovar. Se tiver um ou alguns partidos do centro contrariados com o relatório, eles se juntam com a oposição, e isso, obviamente, dificulta a aprovação da matéria.

Os vazamentos de mensagens atribuídas ao ministro Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato podem afetar a tramitação da reforma?
No que depender de mim, farei todos os esforços para que não interfiram. Tive reunião com governadores, com a oposição e com quase todos os líderes partidários justamente para tentar sensibilizá-los da necessidade de que a reforma siga blindada em relação a essas crises políticas. Defendo isso porque, quando falamos de reforma da Previdência, não enxergo o 1 trilhão (de reais) do (ministro da Economia, Paulo) Guedes. Enxergo o investidor que quer investir no Brasil, mas está inseguro por causa dessa instabilidade econômica. Enxergo empresários que estão vendo o negócio deles ficar inviabilizado por causa da crise econômica. Enxergo o empregado que está com medo de perder o seu emprego. Enxergo, acima de tudo, 12,7 milhões de desempregados e 4,7 milhões de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego). Não podemos sujeitar o Brasil a essas crises políticas que não são produzidas pelo Brasil que produz. Com o trocadilho. Não são do Brasil que empreende, que trabalha, que produz essas crises políticas. Então, não podemos pegar uma crise que não foi produzida pela economia real e permitir que ela contamine a economia real.

Mas há riscos efetivos?
O único risco que existe é de um acirramento da oposição, e ela efetivamente entrar em obstrução em todas as matérias, inclusive a reforma. Não vejo, nos partidos de centro, essa disposição de inviabilizar a reforma. Se os partidos de centro não quiserem atrasar, vamos conseguir blindar a reforma por um motivo simples: a oposição não tem voto para paralisar e o governo não tem voto para aprovar. Quem decide se as coisas andam ou não são os partidos de centro, que têm a grande maioria dos deputados aqui.

O governo tem maioria hoje para aprovar a reforma na comissão?
O governo não tem, nem terá. Porque a responsabilidade dessa reforma tem sido muito menos do governo e muito mais do próprio Parlamento. Agora, nós construiremos a maioria necessária para aprovar a reforma. A proposta do governo não tem maioria. Mas tenho certeza de que o relatório do deputado Samuel Moreira terá maioria folgada.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/Crusoé“A responsabilidade dessa reforma tem sido muito menos do governo e muito mais do próprio Parlamento”
Como avalia o papel da articulação política do governo na tramitação da reforma?
A articulação política do governo, aqui, inexiste. Claro que há um esforço, que deve ser saudado, de alguns líderes partidários, do Major Vitor Hugo, da Joice (Hasselmann), do próprio Alexandre Frota. Mas são esforços isolados deles, que nem caracterizo como articulação política do governo. A articulação política do governo em relação à pauta da reforma da Previdência é praticamente inexistente. Até porque, tirando focos isolados no Ministério da Economia, para mim, está claro de que essa não é uma prioridade do governo. Quando é prioridade, você dá centralidade a isso. Gosto muito de imagens. No dia em que estávamos realizando um seminário internacional, o presidente (Jair Bolsonaro) poderia ter atravessado a rua e ter vindo aqui fazer uma fala de reafirmação do compromisso dele com a reforma da Previdência. Mas ele atravessou a rua e veio aqui defender um projeto de aumentar pontuação para infratores de trânsito. Isso demonstra que falta, efetivamente, prioridade. Mas não importa se falta prioridade para o governo. Entendemos que essa não é uma pauta do governo. É uma pauta do Brasil e vamos tocá-la como tal.

O sr. faz coro aos que dizem que Bolsonaro não está 100% convencido sobre a necessidade da reforma?
A trajetória de 28 anos do presidente Bolsonaro é combatendo reforma da Previdência e defendendo interesses corporativos de servidores públicos. Ele não pode mudar isso em cinco meses. Então, efetivamente, se tem alguém que não é convencido da necessidade disso é ele, pela trajetória dele, pela forma de enxergar o mundo. Na verdade, vestiram uma capa de liberal no presidente Bolsonaro durante o período eleitoral. Mas ele é tudo, menos liberal. Pelo menos no histórico dele. Talvez ainda esteja sendo convertido para o liberalismo. Mas você não converte alguém que passou 28 anos sendo populista em liberal em apenas cinco meses. Obviamente que ainda existem esses conflitos dentro dele, e mesmo quando entregou a reforma aqui ele disse: olha, nem queria muito, mas está aqui, está entregue. E os gestos depois disso são de quem não tem muito convencimento em relação à importância da reforma.

Isso atrapalha?
Acho que não. Quando a gente fala em blindar a reforma, blinda das manifestações a favor do governo, das manifestações contra o governo, das crises políticas e da falta de centralidade da reforma no discurso e nas ações no governo Bolsonaro.

A oposição exagera nas críticas à reforma?
É uma resistência de natureza política, e é natural que ela ocorra. Não desqualifico por causa disso. Na verdade, é uma demarcação em relação ao governo Bolsonaro. Mas acho que a oposição ficará, com o relatório do deputado Samuel Moreira, numa situação muito difícil. Porque todos os pontos que foram centrais no discurso da oposição foram modificados no relatório. Portanto, a oposição terá que criar um novo discurso para se contrapor ao relatório. Retirar trabalhador rural, BPC (Benefício de Prestação Continuada), desconstitucionalização e capitalização e manter um redutor de cinco anos para professores era o cerne do discurso da oposição desde que começou o debate da reforma aqui. A partir do momento em que o relatório avança nesse sentido, a oposição vai ter que encontrar outra justificativa para criticar a reforma. Negar o déficit da Previdência e a necessidade de enfrentar esse tema é negar o óbvio. Qualquer governo que ganhasse a eleição enfrentaria esse tema. Não tenho dúvida de que, se o (Fernando) Haddad fosse presidente, também estaríamos discutindo a reforma da Previdência.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/Crusoé“Vamos tirar do país a chance de voltar a crescer porque estamos preocupados com a eleição de presidente que vai acontecer em 2022?”
Com as mudanças na proposta trazidas pelo relator, qual deverá ser efetivamente a economia do governo?
O relatório prevê algo entre 800 bilhões e 1 trilhão de reais. Vi um esforço muito grande do deputado Samuel Moreira em chegar a 1 trilhão no relatório. Não vejo muita possibilidade de desidratação pela forma como o relatório foi construído. Ele foi feito em diálogo com as lideranças partidárias. Ainda que você tenha um ou outro interesse corporativo, isso vai ser objeto de destaque. Os deputados comprometidos com essas corporações vão dar lá o seu voto. Mas acho que não podemos cair na tentação de ceder excessivamente a pressões corporativas, sob o risco de, em cedendo a essas pressões de servidores públicos, perdermos a autoridade para exigir sacrifícios do regime geral, que é um regime muito mais duro do que os regimes próprios (aqueles que abrangem o funcionalismo).

Como o ministro Paulo Guedes sairá, politicamente, desse processo de tramitação da reforma?
Sempre digo que torço para o Brasil ser o primeiro case de sucesso da Escola de Chicago no mundo. Porque ela não deu certo em nenhum lugar do mundo até agora. O (Milton) Friedman, que era o grande teórico dessa escola, fez autocrítica no final da vida. E o Paulo Guedes é um dos poucos economistas que ainda ficaram amarrados naquela tradição ultrapassada, na minha opinião, da Escola de Chicago. Então, obviamente, nem tudo que ele defende tem consonância com a realidade. Essa proposta mesmo de capitalização pura, sem explicar como vai pagar a transição, como vai pagar o estoque no regime anterior — isso não tem nenhuma sustentabilidade. Mas acho que ele está tendo um confronto com a realidade, e isso o está engrandecendo. Com a realidade política e um pouco com a realidade econômica também, porque, fora os que vieram para as audiências públicas como representantes do governo, nenhum outro defendeu a capitalização. Todos falaram contra a capitalização. Todos que eram a favor da reforma falaram contra esse modelo de capitalização pura. O ministro Paulo Guedes precisa entender que ele é um no meio de uma multidão, não é o dono absoluto da verdade. Ele tem as suas convicções, eu até elogio, porque acho que o Ministério da Economia é um dos poucos setores desse governo que têm um plano de voo, que sabe o que quer. Posso até discordar do que eles querem, mas sei que eles sabem o que querem, que eles têm um rumo, uma lógica, uma agenda. Mas acho que o ministro já percebeu que essa agenda dele precisa ser temperada pelo diálogo com a Câmara. Até porque ele não tem legitimidade popular, porque não foi eleito. O presidente que o escolheu tem legitimidade popular, mas, de um certo ponto de vista, o Congresso tem mais. Porque o presidente é representante só dos 56 milhões que o elegeram, enquanto o Congresso representa a pluralidade do povo brasileiro, inclusive as minorias. Mas ambos estão legitimados, e é no processo de diálogo harmônico entre os dois Poderes que a gente vai encontrar a justa medida para o país. Nem é só o que o presidente quer, nem é só o que o parlamento quer. O resultado desse diálogo é que me parece o melhor caminho para o país.

Por que há tanta resistência dos parlamentares em manter servidores estaduais e municipais na reforma em discussão?
Primeiro, tem uma resistência política e uma resistência jurídica. Estamos tratando de regimes próprios de servidores públicos estaduais e municipais. O nosso modelo é federativo. E a essência da federação é a autonomia de estados e municípios. Portanto, não vejo como aberração quem defende que estados e municípios têm que resolver a suas próprias previdências. Mas é verdade que não é esse o principal motivador hoje. A principal resistência é de natureza política. Eu separaria a ação dos governadores em três etapas. Primeiro, uma etapa muito ruim, que foi aquele gesto dos governadores do Nordeste de assinarem uma carta contra a reforma. Depois, uma atitude muito ruim dos que eram a favor, de tentar enquadrar e constranger a Câmara dos Deputados. Óbvio que isso contaminou muito a relação. De terça-feira em diante, percebi uma atitude mais colaborativa dos governadores. Os governadores do Nordeste dizendo que, se alguns pontos fossem ajustados, eles embarcariam na reforma, e os governadores que tentaram constranger a Câmara entendendo que o caminho do constrangimento não era o melhor, que o melhor era um caminho colaborativo. Mas ainda há muita resistência. E essa resistência tem um histórico. Muitos deputados estavam nos palanques dos partidos de oposição. Então, entendo que um deputado desses tenha restrição política a votar uma reforma da Previdência, porque, amanhã, estará sendo constrangido no seu estado. Principalmente a um ano de eleição municipal. Acho que é natural e que os governadores devem fazer um esforço de sensibilização, firmando compromissos. Acho que ajudaria muito o processo se fosse feita agora uma assinada pelos 27 governadores, deixando claro que são a favor da reforma da Previdência. Não sei se conseguem isso. Acho que estão perto de conseguir. Valeria muito a pena. Contribuiria muito.

A aprovação da reforma dará mais força política e eleitoral ao presidente Jair Bolsonaro?
Acho que é uma bobagem discutir reeleição de um governo que tem seis meses de mandato. Agora, espera aí: vamos paralisar o país, vamos tirar do país a chance de voltar a crescer porque estamos preocupados com a eleição de presidente que vai acontecer em 2022? Isso não me parece razoável. Acho que está cada vez mais claro para muitos setores da sociedade que essa reforma da Previdência é muito mais da Câmara do que do presidente. A Câmara carregou nas costas essa reforma da Previdência. Se dependesse do presidente, não tinha andado aqui. A segunda coisa: só a reforma não vai resolver o problema do país. Quem tem a ilusão de que aprovou a reforma e, no outro dia, o Brasil vai virar um mar de prosperidade acredita na panaceia do discurso do Paulo Guedes. Esse discurso não é verdadeiro, eu não entro nesse discurso, porque eu quero, depois de amanhã, andar na rua. A reforma precisa vir acompanhada de estabilidade política e institucional, porque instabilidade político-institucional também gera insegurança para o investidor, em especial o externo. Portanto, o poder executivo não pode permitir que a sua milícia virtual e de rua fale em fechar Câmara, fechar Congresso, e o Parlamento não pode ter a irresponsabilidade de, neste momento, com um presidente legitimado pelo povo, recém-eleito, falar em parlamentarismo, em impeachment, em qualquer coisa que signifique ruptura institucional. Todos os economistas dizem que este ano está perdido, com ou sem reforma da Previdência. Vamos ter o PIB abaixo de 1%, vamos ter crescimento da taxa de desemprego, até porque os efeitos da reforma são de médio e longo prazo. O que a reforma vai dar é um sinal para investidores do que o Brasil é um país confiável. Esse é um sinal inicial, não resolve todos os males.

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  1. "Porque o presidente é representante só dos 56 milhões que o elegeram, enquanto o Congresso representa a pluralidade do povo brasileiro, inclusive as minorias." Copiou o discurso do Rodrigo Maia, copiou a reforma do Paulo Guedes fazendo alterações e dizendo que é de autoria deles e agora diz que a responsabilidade é da câmara! Vamos aguardar, enquanto estava via governo, passaram cerca de 4-5 meses, veremos se estamos em "poder" e de "autoria" da câmara terá maior agilidade.

  2. Esses deputados devem entender que o poder vem do POVO , nós queremos as reformas pra que esse PAÍS saia desse buraco em que foi colocado. Todos nós temos que dá a nós parcela de sacrifícios, principalmente os mais privilegiados.

  3. Muito triste perceber que um politico novo, em primeiro mandato, já fala com os vícios dos velhos políticos. Uma coisa é certa: seu lugar é mesmo no centrão. Fala mal do presidente. Não reconhece os esforços do ministro Paulo Guedes que se dispôs a dar verdadeiras aulas para os congressistas. Decepcionante!

  4. A força esta com o Centrão???? Deputadozinho mequetrefe, vamos te ensinar que a força esta com o povo que elegeu esses trairões, vc, como sempre, fala asneiras monumentais, fique calado que já esta errado.

  5. Este cidadão é nocivo e aparenta ser um capacho de Rodrigo Maia, mais um oportunista que demonstra a cada atitude não merecer a atenção e deferência da população. Boçal!

  6. Esse sujeito é traidor, não perde tempo em falar mal de Bolsonaro e Paulo Guedes, é amigo do idiota Lind berg Farias. Que palhaço, achar que entendi mais de economia do que o ministro! Quer ser prefeito de Manaus e quer mostrar serviço , ele e Rodrigo Maia são traidores

    1. Além de trairão, boçal e sabujo do centrão, age como inseto que não pode ver as luzes da mídia para aparecer, te toca deputadozinho chinfrim.

    2. Exato. O mais caricato foi perceber na foto o jornal que estava sobre a mesa ao lado. Quem lê "O Povo" deve sacar pra caramba de economia. A boa noticia é que a reforma vai passar.

  7. Este chamado Centrão, q este indivíduo representa é um nôvo grupo fisiológico não patriota q surgiu por medo de ser pego pela Laca Jato . Este grupo da velha política do toma lá da cá será liquidado nas urna da próxima eleição.

  8. Desconheço o currículo académico deste prepotente mas pelo q fala , como da escola de Chicago demonstra um mesquinho e baixo nível académico. Porque ele não chama nosso Dr Professor Paulo Guedes para um debate público? Levaria uma lavado e aí é q ele não poderia sair à rua.

    1. O prepotente lê "O Povo"... sabe tudo. Ademais, escolhido pelo Nhonho... dispensa maiores esclarecimentos. A boa notícia é que a reforma será aprovada.

  9. Tem como a CRUSOÉ abrir espaço para que os assinantes sugiram parlamentares preferidos, para também serem entrevistados e equilibrar a nossa leitura. Tem parlamentares patriotas na Câmara, sintonizados com o bem do BRASIL.

    1. Roque: "articulação" = $$$. A proposta está em português, é só ler... e aprovar.

    2. Ótima reportagem. Esclarecedora, se depender da articulação do governo a reforma não sairá!

  10. Esse rapaz, deputado federal pelo Amazonas, não passa de um estreante e já pensa que pode sentar na janela. É um medíocre e que, por ter sido indicado para a presidência da comissão especial da previdência pelo Nhô nhô, se acha o máximo e com o direito de tratar com prepotência os membros do governo federal. Como eu disse, é apenas um deputadozinho medíocre.

    1. Tem toda a razão como é arrogante e o que sabe fazer de melhor é criticar o governo. Este centrão é composto quase que a total maioria de gente que não pensam no povo mas somente em se proteger. Terá novas eleições e o povo está abrindo os olhos. Vão ficar sem entender novamente.

  11. ... e após reforma tributária aprovada, deveríamos mudar a forma de Estado brasileiro para República do Brasil, com união indissolúvel apenas dos municípios, acabando com o estado federativo, onde a União teria que sobreviver apenas e tão somente com o imposto de renda dos brasileiros e os municípios com o ICMS, ISS, IPTU

    1. Porém a cláusula pétrea da CF, veda isso essa mudança, ficamos então, só na utopia de uma Republica do Brasil...

  12. O senhor Marcelo Ramos precisa entender, que quando uma pessoa se candidata a presidente, ela precisa ver as necessidades da Nação, deve deixar de lado as ideias que defendia anteriormente. Se Bolsonaro é liberal ou não é problema dele, se ele era contra a reforma da previdência ou não. Ele está governando o Brasil e não defendendo ideias no parlamento.

  13. Eu entendo política de uma forma diferente, acho que o Governo fez a parte dele apresentando a reforma e o Congresso tem que analisar e aprovar na íntegra ou apresentar argumentos consistentes para modificar e aprovar, ou seja, não vejo tanta necessidade desta articulação tão cobrada, o que seria, convencer parlamentares a mudarem de opinião, mudar voto, desarticular grupinhos mal intencionados, quanto custa isto? O Congresso tem que votar de acordo com a vontade do povo e hoje a vontade é apro

  14. Parabéns Marcelo, você está se mostrando maduro, sensato, sensível e tem meu apoio e admiração, assuntos discutidos em qualquer grupo não há unanimidade, 70% já está muito bom. Votação com 100% de apóio só na Coreia do Norte.

  15. Eu perdi... Não pertenço às "elites nacionais", forjadas ao longo da história do Brasil!!! Se existir vida depois da minha morte, juro que estarei dando risadas do planeta e desse país. Tudo como dantes no quartel do Mané!!!! No horizonte, nuvens negras se formando: vocês não terão mais o voo de galinha!!! Cortam suas asas e depois, daqui a uns 15 a 20 anos, a colocarão na panela. Haja start ups e apps para lhes salvarem, crianças e adolescentes de 5 a 50 anos... E viva o agronegócio!!!

  16. Essa Reforma defendida pelo relator não vai ser a definitiva. Não vai alcançar o trilhão almejado pelo Guedes. Portanto, outra ou outras virão, na contramão deste corporativismo explícito, não tenham dúvidas! Nosso problema continua, vai ser apenas amenizado durante uns poucos anos, mas não resolvido de todo. O pior cego é o que não quer enxergar.

  17. Poxa, não sabia que tínhamos neste advogado um gênio da economia.... livre mercado e capitalismo não funcionou em lugar nenhum do mundo, que surpresa. Sem duvida ele deve ter alguma outra ideologia que traga prosperidade.

  18. dia 30pf. estaremos em Brasilia, nossa função sera dar ciência aos snrs. deputados, de que não queremos a reforma meia boca e sim a do paulo guedes, caso não haja concordância, serão notificados para fins de cancelamento da celebração do contrato eleitoral nas urnas, nas próximas eleições, esta dado o recado.

  19. Li duas vezes, como sempre que um texto, seja de que lado ideológico seja, me desperta maior carinho, atenção e cuidados. No meu caso não tenho LADO e acho que este papo de Esquerda e Direita, ideais ultrapassados por insustentáveis e pelo punhal da corrupção, é papo furado de fisiologia barata. Sim, o cara é um político, mas, fora algo menor, me pareceu lógico e equilibrado. Um bom negociador por tido estômago de dialogar com muitos radicais (e até alguns corruptos). A ver, ele apareceu agora.

    1. Não, Iolanda, não somos centro necessariamente, pois nem sempre ser isto é lugar de meio termo e sim de esperteza como no caso de nossos políticos. E até de pusilanimidade. O bom e saudável é ser do Bem, esta sim uma direção ativa e tanto mais atuante quanto mais honesto e honrado o rumo, o objetivo. Afinal “navegar é preciso, viver não é preciso”, né? E como o bom deve ser viver reto e se possível sem olhar para os tais “lados” (tão opostos e sempre iguais), vamos seguir em frente, uai.

    2. exatamente! e quando não temos lado somos centro. Não sei porque esta demonização do centro. No meu ponto de vista o perigo está nos extremos. O equilíbrio sempre foi a receita de sucesso nas relações e na vida!

  20. um discurso muito afinado com a realidade. Sensato e decidido...bem diferente dos fanfarrões costumeiros que temos vistos por aí!

  21. Avisem ao distinto Sr RAMOS , que MARGARETHE THATCHER , RONALD REAGAN foram os grandes LÍDERES do liberalismo VITORIOSO que recuperaram a economia britânica e americana e arrasaram com o comunismo da URSS.Alem de que ,ADAM SMITH e MILTON FRIEDMAN estão apavorados no túmulo com os vastos desconhecimentos do intrépido ,ignorando-os como idealizadores do sucesso da maior distribuição de riqueza e emprego da humanidade .Patético e desinformado ,precisa ir aos livros , além de SER um tipo CENTRÃO !

    1. eu não sei porque esta demonização do centrão...berço do Bolsonaro desde sua entrada na política até seus 28 anos...agora rompe como se nunca estivesse incluído.

  22. Interessante é ouvir esses canalhas analfabetos falarem o tempo todo em "Parlamento". No Brasil, não existe Parlamento. Nós temos um Congresso Nacional, com 513 deputados federais e 81 senadores, sendo que a maioria esmagadora deles é composta de ladrões desmoralizados e analfabetos. Deixem de falar em Parlamento e vão ler, estudar e agir honestamente, ó canalha imunda!

  23. Conversa jogada fora, a Reforma se sair será uma colcha de retalhos, com tantas emendas e cortes, o ideal seria que fosse aprovada por inteira, más com os "altos interesses" dos nanicos, observamos que no final o Ministro Paulo Guedes falou diversas vezes para os surdos do Congresso, explicando em detalhes seus planos que ninguém escutou, só nos (povo) aqui fora que entendemos essa Reforma.

    1. Acredito estar incorreta a sua colocação. O mais importante é termos a melhor reforma possível. A que foi proposta pelo congresso não é a melhor, mas evoluiu bastante e acho que tem boas chances de passar. Se o congresso conseguir colocar estados e municípios pra dentro,bingo.

  24. A Cidadania não pode continuar sendo refém de um Congresso, cujo objetivo, é tornar o governo,eleito democraticamente nas urnas,inviável.Impedir o seu sucesso para que não possa ameaçá-los nas suas pretensões de protagonismo sem restrições ou limites.A cidadania responsável lutará, com todos os meios devidos, para que os "ultra-deputados e senadores", retornem aos seus papéis constitucionais delimitados.Para que o Brasil possa respirar e finalmente deslanchar.Jamais voltaremos a ser "passivos".

    1. Isso, a política deve constar do cardápio diário do brasileiro, por 31 anos cumprimos nosso dever cívico(imposto) de ir às urnas e votar, mas não tivemos a responsabilidade de fiscalizar e cobrar o que os políticos faziam, agora me parece que começamos a amadurecer politicamente, o que precisamos é não cair nas armadilhas pois o político brasileiro, assim como os bandidos comuns, são criativos ao extremo.

  25. Quer nos fazer acreditar que a aprovação da proposta da previdência depende de um grupo em que a maioria dos seus líderes são réus por corrupção no supremo? O senhor é muito otimista! Nos faz rir!

  26. Alguns canalhas da oposição não se conformam, apenas, de terem contribuído para a destruição do nosso país. Eles querem, também, impedir sua sua reconstrução.

  27. Como disse o deputado, é preciso haver uma relação harmônica entre Executivo e Legislativo. Mas, para isso não é necessária a pretendida "articulação" do Governo dentro do Congresso. Muitos deputados que acusavam o Governo de não ter articulação queriam, na verdade, puxar o Presidente para o terreno pantanoso da negociação onde esses jacarés o triturariam. Não deu certo. Agora, com 3 ou 4 modificações querem a paternidade do feito. Que a assumam. O povo sabe quem é realmente o pai da criança.

  28. A entrevista deixa bem claro que este deputado não entende nada da Reforma. Demonstra como o Congresso continua o mesmo falsos melindres, bate e assopra, tudo para medir forças e ganhar poder. Mente ao falar de Paulo Guedes, que já indicou as propostas que virão, demonstra ignorância ao falar da Escola de Chicago entre outras coisas. Fato é que não desistiu de sua aposentadoria especial. Mais um João-ninguém escolhido a dedo pelo Nhonho para a Reforma não andar. Vergonha!

  29. Putz, acho que pela primeira vez vou aplaudir alguém do Centrão. Pelo menos no discurso, concordo com ele e, para minha surpresa, me parecem muito lúcidas suas ponderações.

    1. Isso é conversa de barata, morde e assopra. Ele foi escolhido a dedo por Maia e é seu primeiro mandato (fácil de manipular), é um jogo de xadrez. Discursa para ficar bem na foto, mas articula e faz o que as raposas felpudas do CENTRÃO mandam.

  30. Não morrerei sem ver um líder estudantil, comunista desde criancinha, falar que o liberalismo não funcionou em nenhum lugar. De certo o que funcionou foi a sua ideologia de coração né meu filho?! É mentiroso quando fala do Guedes. O mesmo já avisou que a previdência é o início e que não é a solução definitiva de nada. Teremos desburocratização, reforma tributária, privatizações, abertura para o mercado estrangeiro, diminuição de regulamentações, vai ter que aguentar Bolsonaro até 2026!

    1. Mesmo não sendo simpatizante do Centrão, achei muito sensatas e ponderadas as considerações dele, embora perceba que a câmara quer , de certa forma , ficar com o protagonismo de aprovar a reforma ! Mas a parternidade da nova previdência é o que menos importa. Para quem tem bom senso e caráter , o importante é fazer as reformas que o Brasil precisa a tempos. Tivemos que chegar ao fundo do poço para que isso fosse tratado como realmente necessário.

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