O 'histérico' Rafael Correa foi trolado?
Ex-presidente equatoriano segue espalhando dúvidas sobre a eleição presidencial de seu país, e teria caído em pegadinha

O ex-presidente equatoriano Rafael Correa segue espalhando dúvidas sobre a eleição presidencial de seu país, vencida no domingo, 13, pelo presidente Daniel Noboa.
Alimentada por parte da esquerda latino-americana, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do Brasil, a oposição no Equador alega uma série difusa de irregularidades não confirmadas para questionar a legitimidade da reeleição de Noboa.
A vontade de questionar é tanta que Correa estaria caindo em trolagens de seus adversários. O ex-presidente, que está asilado na Bélgica, publicou na quarta-feira, 16, a seguinte mensagem em seu perfil no X:
"Ontem foi enviado um alerta a todo o pessoal da polícia de imigração no aeroporto. A instrução é a seguinte: 'Por favor, esteja ciente. Notifique discretamente. Notifique o supervisor responsável. Revise todos os alertas.' Há cerca de cem nomes. Eles até incluem nossos estrategistas de campanha. Uma pessoa que retornava à Argentina foi detida abusivamente por duas horas e teve seu corpo todo revistado."
"Mensagem falsa"
Não há confirmação da informação compartilhada por Correa. O que há é uma mensagem de um perfil identificado como Anonymous Cyber Hunter que diz, com emojis de gargalhada: "Nós lhe enviamos essa mensagem falsa. Só para medir sua histeria".
As contestações a oposição equatoriana a Noboa são tratadas com deboche nas redes sociais (como na imagem que ilustra esta matéria), porque, até agora, não foram endossadas pelos observadores da eleição.
O Conselho Nacional do Equador (CNE) rejeitou na terça-feira, 15, a denúncia da candidata opositora Luisa González sobre uma suposta fraude no resultado do segundo turno.
O chefe da missão de observadores eleitorais da União Europeia (UE), Gabriel Mato, também rejeitou a hipótese de fraude: "Rechaçamos absolutamente essa narrativa".
Lista negra?
Entre os que lançam dúvidas sobre o processo eleitoral no Equador estão os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Claudia Sheinbaum.
Petro, inclusive, compartilhou a mesma informação não confirmada disseminada por Correa, dizendo o seguinte:
"Há uma lista negra de opositores no Equador que estão sendo perseguidos. O governo colombiano concederá asilo a qualquer pessoa que chegue ao território colombiano. Observadores eleitorais colombianos foram presos."
Já Lula, que concedeu asilo à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro em caso com a Odebrecht, parabenizou Noboa pela reeleição.
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