Favores sem limites
O que o uso de jatinhos de empresários por Flávio Bolsonaro, Ricardo Salles e João Doria ensina sobre os limites para as autoridades na relação com a iniciativa privada – e vice-versa
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Sérgio Cabral a bordo do avião executivo de Eike Batista, com destino a Porto Seguro. Tour de palestras de Lula pelas Bahamas, Cuba e Venezuela, na conta do "programa de milhagens" da Odebrecht. Cid Gomes rumo às férias nos Estados Unidos no jatinho da Grendene. Não é preciso viajar tanto no tempo para cruzar com episódios em que empresários milionários mimam políticos influentes, oferecendo-lhes como presente o conforto de um voo exclusivo, sem escala, para passeios ou negócios privados. Sempre, como alegam, sem contrapartida. A prática é tão antiga e tão promíscua que desde o início deste século o código de conduta ética do governo federal, replicado em versões regionais nos estados, proíbe as autoridades de receberem "transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade". Trocando em miúdos, quando há um possível conflito de interesses entre o empresário que bancou as passagens e o agente público que desfrutou da viagem. Apesar do risco de violar a Constituição e de ser enquadrado na Lei de Improbidade Administrativa, com chance de ter os direitos políticos cassados e os bens bloqueados, ainda há quem caia em tentação e embarque nesse tipo de benesse que só o poder proporciona.
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Comentários (10)
Maria Goiabademinas
2020-11-09 15:17:30Esse bando de políticos sem vergonha deveriam passar um tempo em algum país sério para aprender a separar o que é público do que é privado. Quer passar bem, paguem com o seu dinheiro, seus vagabundos!
Cleidi
2020-11-09 01:32:19viva a democracia.
Lucia
2020-11-08 18:58:52A bandeira da ética não passa de um artifício para alcançar o poder. Uma vez lá ninguém se lembra do que “ética” significa!
Dora
2020-11-08 15:38:25São uns caras sem vergonha na cara,o povo está de olho nesses canalhas,igual aos Estados Unidos,veremos.
Odete6
2020-11-08 09:58:58O problema é que essa gente não tem noção alguma da compostura, de probidade, de retidão, devidas no exercício de um cargo público!!! É impressionante a desfaçatez e o cinismo de todos eles!!! O empresário pode ser amigo e emprestar coisas fora do seu mandato mas, durante este, absolutamente não!!! Amizades pessoais não se confundem com favores a um gestor público!!! São os ""migos meigos"" ""fraternalmente ""altruístas"", ""comoventes"" e ""incondicionais"", né mesmo??!!! Safadeza espúria!!!!!!
João
2020-11-08 08:03:35Assim a gente sabe o porquê do aeroporto (privado) em Caçapava-SP ser embargado e o aeroporto (privado) em São Roque-sp ser liberado.
Francisco
2020-11-08 07:06:23Código de Ética, para políticos... Letra morta.
Paulo
2020-11-07 17:35:38Pouco a pouco o país vai voltando aos velhos danosos costumes. Lamentável.esse Senador, em quem votei para barrar o pai do chileno ,já devia estar cassado.
Gaspar
2020-11-07 17:05:53No caso de Fernando de Noronha um dos participantes, não contente em estar envolvido no escandalo das rechadinhas, agora quer também encolver-se com as raspadinhas!!!!
PEDRO
2020-11-07 15:08:28Estou assustado, porque só agora descobrem esses favores de " amigos" aos políticos. Pelo que consta acontece de velhos tempos, então porque essa reportagem se indignou?