Wassef deixará a defesa de Flávio Bolsonaro
Em entrevista para o canal CNN Brasil neste domingo, 21, o advogado Frederick Wassef anunciou que deixará a defesa do senador Flávio Bolsonaro. "Assumo total responsabilidade e estou saindo do caso, subestabelecendo para outro colega. Ficarei fora do caso para que não me usem", disse Wassef. Ele alegou que estava sofrendo ataques com vistas a atingir...
Em entrevista para o canal CNN Brasil neste domingo, 21, o advogado Frederick Wassef anunciou que deixará a defesa do senador Flávio Bolsonaro. "Assumo total responsabilidade e estou saindo do caso, subestabelecendo para outro colega. Ficarei fora do caso para que não me usem", disse Wassef. Ele alegou que estava sofrendo ataques com vistas a atingir o presidente Jair Bolsonaro.
Minutos depois da entrevista, Flávio Bolsonaro confirmou a saída: "A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado".
Na entrevista à CNN Brasil, Wassef tentou isentar o presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro de qualquer responsabilidade sobre a prisão de Fabrício Queiroz em uma casa de sua propriedade em Atibaia na quinta-feira, 18. Ele também afirmou que atua como advogado do presidente da República, contrariando nota de Karina Kufa da semana passada.
"Nunca o presidente da República teve conhecimento desses fatos. Eu omiti essas informações do presidente da República. Eu omiti essas informações do senador Flávio Bolsonaro. Eu assumo toda responsabilidade pois jamais o presidente Bolsonaro recebeu qualquer informação. O que eu trato com o presidente é uma pauta exclusiva e jurídica de temas dele. No passado, ao longo de um ano, por inúmeras vezes, nunca tratei nada em relação ao caso de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, nem do procedimento criminal das rachadinhas, nem informações de Fabrício Queiroz", disse Wassef.
Sobre sua relação com o presidente da República, Wassef afirmou que, sim, é advogado do presidente Bolsonaro. Quanto à nota publicada pela advogada Karina Kufa na quinta-feira, 18, dizendo que Wassef não advoga para o presidente, o entrevistado negou a informação. "Essa nota foi divulgada sem consentimento ou autorização do presidente da República. O comentário que ouvi de colegas do Brasil inteiro foi: que atitude deselegante e antiética da minha colega. Parece que ela queria fazer propaganda do escritório dela e tal."
Wassef também disse que não sabia que Queiroz estava em sua casa no dia da prisão. Disse que é mentira que ele estava havia mais de um ano em sua propriedade. "Eu não sabia que ele (Queiroz) estava lá. Eu não falo com o Queiroz. Eu não troco mensagens de telefone com o Queiroz. Vai ter a quebra de sigilo e todos vão saber que eu não trocava mensagens com o Queiroz", disse Wassef.
Wassef contestou a informação de que Queiroz, hoje detido em Bangu, estava foragido da Justiça. "Queiroz nunca esteve escondido. Por um motivo simples: ninguém estava atrás do Queiroz. Ele não estava foragido. Não era procurado. Jamais Queiroz deixou de comparecer quando solicitado. Ele sempre esteve à disposição da Justiça. Não teve a prisão decretada. Não há que se usar o termos 'escondido'. Escondido de quem?", disse Wassef.
Quando perguntado por que Queiroz estava em sua casa, Wassef disse que estava impedido de dar a íntegra das informações, mas afirmou que Queiroz estava lá porque estava sendo submetido a tratamentos médicos. "Essas estadas dele têm muito a ver com a questão da saúde. Ele ficou internado por vários dias na Santa Casa de Bragança Paulista."
Mesmo sem ser advogado de Fabrício Queiroz, em diversos momentos da entrevista Wassef defendeu o ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Ao tentar explicar os recursos de origem suspeita que passaram pela conta de Queiroz, Wassef negou que houvesse relação com o suposto “rachid” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. "O dinheiro era da aposentadoria da polícia militar do Queiroz. Era de suas filhas. E eles todos botavam em uma conta e o pai administrava."
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