Wajngarten terá que explicar papel dos filhos de Bolsonaro no governo
A influência dos filhos do presidente da República sobre as decisões do governo poderá ser destrinchada por Fabio Wajngarten (foto) nesta quarta-feira, 12, na CPI da Covid. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, que trabalhou na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, conhece a fundo a atuação da prole do presidente e será questionado...
A influência dos filhos do presidente da República sobre as decisões do governo poderá ser destrinchada por Fabio Wajngarten (foto) nesta quarta-feira, 12, na CPI da Covid. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, que trabalhou na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, conhece a fundo a atuação da prole do presidente e será questionado sobre o papel de Flávio, Carlos e Eduardo no governo sobretudo durante a pandemia.
As primeiras informações sobre a atuação dos filhos de Bolsonaro foram levadas à CPI pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Eles fariam parte do grupo de "aconselhamento paralelo" do presidente, criado por Bolsonaro para contornar decisões técnicas dos dois ministros da Saúde que antecederam Eduardo Pazuello -- além de Mandetta, Nelson Teich.
Agora, os senadores esperam colher mais detalhes da participação dos rebentos de Bolsonaro. Em especial, na comunicação, área que, segundo avaliam, foi falha na pandemia do coronavírus. "O governo não se comunicou de forma proativa, instruindo como as pessoas poderiam se proteger", afirmou Alessandro Vieira, do Cidadania. "A gente tem que seguir uma linha. Como se dava a política de comunicação? Quem era ouvido? Como era implementada. Uma sequência que vai ser colocada para saber se as decisões partiam isoladamente do secretário, do presidente ou dos filhos dele", emendou o senador.
O ex-chefe da Secom ainda precisará responder a indagações sobre outros temas sensíveis, como a aquisição de vacinas da Pfizer. Em recente entrevista, Wajngarten admitiu que, embora não integrasse os quadros do Ministério da Saúde, agiu pela aquisição dos imunizantes e atribuiu a demora na assinatura do contrato à "incompetência" do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Ao menos três ofertas formais do laboratório americano teriam sido recusadas por Pazuello e equipe. A primeira delas, em agosto de 2020, quando a farmacêutica colocou à disposição do Brasil 70 milhões de doses para serem entregues em dezembro do mesmo ano.
Os senadores também querem saber se o ex-secretário de Comunicação tem conhecimento sobre supostos pedidos de propina feitos a Pazuello, que, ao sair do ministério, disse que "chegou no fim do ano e havia uma carreata de gente pedindo dinheiro politicamente". Integrantes da CPI acreditam que o depoimento de Wajngarten "vai render".
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Comentários (2)
Jose
2021-05-12 10:20:50Huuuum. E precisa explicar? Todo mundo sabe o que os Irmãos metralhas fizeram nos dois últimos anos. Basta encarcerá-los!
Roberto
2021-05-12 09:16:12A fábrica de manchetes para alimentar 2022 está a pleno vapor. A fatura vem depois, caso a oposição vença.