Vice de Rubio desafia Díaz-Canel: "Por que não permite que o povo vote?"
Christopher Landau rebateu postagem do ditador cubano sobre "asfixia econômica"

O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, respondeu uma publicação do ditador cubano, Miguel Díaz-Canel (foto), em que acusa o governo americano de pressionar aliados a aderir aos embargos econômicos a Havana.
No X, Díaz-Canel escreveu:
"O governo dos EUA pressiona e engana vários países para que mudem sua posição tradicional contra nosso bloqueio. Eles temem o que vai acontecer: a rejeição pela esmagadora maioria da comunidade internacional da sua política genocida e de asfixia económica contra Cuba".
Em resposta, Landau criticou a ditadura cubana por submeter o povo à fome devido às "políticas comunistas fracassadas que não funcionaram" nem na União Soviética nem em Cuba.
"Nem você deveria acreditar nas mentiras cada vez mais descaradas deles. Não há "bloqueio" contra o seu país; se houvesse, como todo aquele petróleo mexicano e aqueles turistas alemães e canadenses chegariam lá? O único "genocídio" que está acontecendo lá é o que você comete contra o seu próprio povo, submetendo-o à fome e à miséria por causa das suas políticas comunistas fracassadas que não funcionaram na URSS ou em Cuba", afirmou.
O vice de Rubio desafiou Díaz-Canel a promover eleições limpas no país:
"E por falar em votos, se você tem tanto orgulho da sua administração dos últimos 66 anos, por que não permite que o seu próprio povo vote? Será porque você sabe perfeitamente, como todos nós, que seria um voto esmagador de rejeição e repúdio? Há uma razão para os seus jovens estarem escapando daquela prisão flutuante em que o seu Partido Comunista transformou a grande nação cubana", concluiu.
Liberdade de expressão
O Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) denunciou, em 7 de outubro, que a ditadura cubana intensificou a criminalização da liberdade de expressão nas redes sociais e de protestos pacíficos em setembro.
A Crusoé, o chefe de estratégias do OCDH, o cubano Yaxys Cires, afirmou que a repressão do governo é uma resposta ao colapso do sistema socioeconômico socialista.
"O sistema socioeconômico socialista entrou em colapso: 89% das famílias vivem em extrema pobreza e apagões ocorrem diariamente e estão se tornando cada vez mais graves", diz Yaxys.
"Nesse contexto, o regime não busca soluções para os problemas da população. Em vez disso, administra a repressão. Sentenças judiciais são usadas como exemplo para incutir medo na população, para que os cubanos morram de fome em silêncio", afirma.
Sem luz
A crise energética tem provocado apagões que ultrapassam 20 horas diárias em cidades como Santiago de Cuba e Holguín.
Em Havana, os cortes de energia duram até dez horas por dia.
O Ministério de Energia e Minas do país foi obrigado a reconhecer que rede elétrica nacional de Cuba entrou em colapso em setembro.
Prisões arbitrárias
Foram registradas 212 ações repressivas contra a população civil no mês passado.
Entre elas, 39 foram prisões arbitrárias e 173 foram outros abusos.
"Foi um mês sombrio para a liberdade de expressão, devido a condenações e julgamentos. O regime busca suscitar terror diante de seu retumbante fracasso socioeconômico e sua incapacidade de encontrar soluções", afirmou o OCDH em um relatório.
Segundo a organização, foram 27 detenções arbitrárias de curta duração relacionadas à "manifestação pacífica" na cidade de Gibara, em 13 de setembro.
As principais violações cometidas pela ditadura cubana foram: apreensão de casas de ativistas, julgamentos injustos, abusos contra prisioneiros, assédio e ameaças.
Presos políticos, presos de direito comum e suas famílias registraram 38 queixas.
Desde janeiro, o Observatório contabilizou 2.462 ações repressivas realizadas para impedir ou limitar o exercício dos direitos civis e políticos em Cuba.
Pelo menos 461 foram prisões arbitrárias.
Leia mais: "Mês sombrio para liberdade de expressão" em Cuba
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