Um petista contra a camisa vermelha
"Qualquer cor diferente do verde, amarelo, branco e azul não se justifica", diz Randolfe ao comentar especulação sobre camisa da seleção brasileira

As especulações sobre a substituição da camisa dois da seleção brasileira, azul, por um modelo vermelho agitaram os Brasil inteiro e, consequentemente, a política nacional.
Os políticos de oposição ao governo Lula, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protestaram, mas os políticos de esquerda, como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP, foto), não parecem tão animados a comprar essa briga em favor de uma camisa identificada com seu campo ideológico.
"Quero acreditar que isso não é verdade! A camisa da Seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria. Mudar isso não faz qualquer sentido", protestou Flavio, completando:
"É uma afronta a tudo o que sempre representou o orgulho do nosso povo! Não há identificação, não há história, não há justificativa para que, seja quem for, queira substituir o verde e amarelo pelo vermelho. Essa tentativa não passa de mais uma investida para desfigurar aquilo que nos faz brasileiros de verdade. Nossa bandeira não é vermelha, e nunca será! Essa mudança precisa ser repudiada veementemente."
Nem os petistas?
Curiosamente, os políticos de esquerda não apareceram para defender a mudança. Apenas a deputada federal Natália Bonavides (PT-R) se animou a celebrar essa possibilidade.
"Acho que gostei dessa história da camisa vermelha da seleção", disse em seu perfil no X, usando uma camisa vermelha com o número 13 nas costas.
Já o líder do governo Lula no Congresso Nacional se uniu aos adversários de direita nos protestos contra a camisa vermelha.
"As cores da nossa seleção não são uma ‘identidade ideológica’; elas representam o que nos distingue no mundo. Ao longo da história do nosso escrete, já usamos o branco (1914–1953), o amarelo como camisa principal (de 1954 até hoje) e o azul como camisa reserva desde 1958. As cores de uma seleção têm relação com a identidade nacional (coerente com isso, a Alemanha usou vermelho e preto em 2014)", disse Randolfe em seu perfil no X.
O petista seguiu: "Qualquer cor diferente do verde, amarelo, branco e azul não se justifica. Além do mais, a essa altura, temos preocupações bem maiores com a seleção, como, por exemplo, garantir uma boa classificação para a Copa de 2026."
"Não deveria ter nem feito esse post"
Os seguidores de Randolfe não esperavam um posicionamento como esse.
"Bom, primeiro que a bandeira do Brasil foi desenvolvida com base nas cores da monarquia portuguesa. já somos uma república independente faz tempo não?", comentou um.
"1- Brasil significa VERMELHO COMO BRASA e o senhor deveria saber disso. 2- O senhor deveria entender que a camisa 'tradicional' é hoje REPUDIADA pela população pq foi sequestrada por um grupo ideológico. 3- Se tem preocupação maior, não deveria ter nem feito esse post", reclamou outra.
2026
É possível que, em outras épocas, Randolfe apoiasse a camisa vermelha, da cor de seu partido. Mas, como O Antagonista já destacou, o senador tem demonstrado receio de não conseguir se reeleger em 2026.
No fim do ano passado, o senador apresentou — e retirou após pegar mal — um projeto de lei para mudar a forma de se votar para o Senado.
A proposta foi interpretada como uma estratégia para aumentar a chance de ele se reeleger em 2026, quando dois terços do Senado serão renovados — e de barrar o avanço da direita no parlamento.
Leia mais: Randolfe está com medo de não se reeleger?
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-04-29 15:20:04AMARELA ou VERMELHA a ridícula selecinha como o povo que representa continuará A LEVAR FUMO ... que diferença fará aos Manés? Chibata dói qualquer que seja a cor.