Trump encerra ajuda da USAID no Oriente Médio
Governo americano cortou programas humanitários voltados para refugiados, mulheres e áreas de conflito

O governo Trump cancelou os últimos programas humanitários financiados pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) no Oriente Médio.
Segundo a Associated Press, os projetos voltados para áreas de conflitos e crises humanitárias foram encerrados “para a conveniência do governo dos EUA”.
As decisões partiram de funcionários do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), chefiado pelo bilionário Elon Musk.
Entre os programas encerrados estão o apoio ao Programa Mundial de Alimentos e o financiamento destinados a países como Líbano, Jordânia e Síria.
Além disso, as ajudas humanitárias para áreas em conflito na África foram interrompidas.
Os projetos cortados forneciam água potável, alimentos, serviços médicos e abrigos para populações refugiadas.
O corte da USAID atingiu ainda os refugiados sírios na Jordânia e Líbano, os principais destinos de migrantes da região.
Outro programa encerrado foi o que era administrado pela Texas A&M University para mulheres afegãs estudarem no exterior.
No entanto, esta ação havia sido suspensa desde que o Talibã tomou o poder no Afeganistão.
Repasses ao Talibã?
O Inspetor-Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR, na sigla em inglês) revelou que a USAID não monitorou adequadamente os bilhões de dólares enviados a ONGs que operam no Afeganistão.
Segundo o órgão, a falta de fiscalização permitiu que fundos fossem desviados para o Talibã.
Em alguns casos, o controle foi terceirizado para uma empresa contratada para monitoramento remoto, mas o relatório aponta que, apesar de ter recebido pagamentos, essa empresa não realizou visitas aos locais financiados.
A falta de supervisão ficou evidente em projetos como um programa de água e saneamento operado pela UNICEF, financiado pela USAID.
O órgão americano não realizou inspeções, e quando o SIGAR visitou o local, encontrou diversas irregularidades que a UNICEF não havia reportado.
Leia mais: "USAID financiou ONGs sem controle, permitindo repasses ao Talibã"
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