Trump dá uma de Lula
Republicano contestou 'Banco Central' dos EUA, assim como petista culpou o BC no Brasil

O presidente americano, Donald Trump, reclamou da decisão do Federal Reserva (Fed), o 'Banco Central' americano, de manter os juros do país na faixa de 4,25% a 4,5% por ano.
Em publicação na rede social Truth Social, Trump comentou sobre a alta do preço dos ovos e da gasolina nos Estados Unidos que, segundo ele, afirmando que os valores estariam menores se o "Fed baixasse as taxas".
"Os preços dos ovos estão MUITO ABAIXO dos preços inspirados por Biden, se apenas algumas semanas atrás. “Mercearias” e gasolina também estão em baixa. Agora, se o Fed fizesse a coisa certa e baixasse as taxas de juros, isso seria ótimo!", escreveu.
De acordo com o Fed, as atividades econômicas do país seguem se expandindo em ritmo sólido, porém, a inflação "está um tanto elevada".
Leia mais: "O poder eleitoral do preço dos alimentos"
No Brasil...
Trump repetiu uma retórica já utilizada pelo presidente Lula (PT) e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a taxa Selic no Brasil.
O petista criticou diversas vezes a gestão do ex-presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto devido à condução da política monetária do país.
Lula chegou a classificar o ex-chefe da autarquia como um "adversário político, ideológico" por ter sido "indicado" por Jair Bolsonaro.
Durante a presidência de Campos Neto, o BC elevou a taxa de juros por várias vezes consecutivas na tentativa de conter a inflação.
E com Galípolo?
Indicado por Lula, o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, apoiou o aumento de 1% anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta, 19.
A taxa básica de juros subiu para 14,25% e deve chegar aos 15% ao ano nos próximos mês.
No entanto, Haddad poupou Galípolo de críticas e voltou a responsabilizar Campos Neto pela nova elevação da Selic.
"O antigo presidente do Banco Central foi nomeado pelo Bolsonaro e ficou dois anos além do mandato do Bolsonaro na presidência do Banco Central. Você contratou, como dizem, três aumentos bastante pesados na Selic na última reunião do ano passado. Você não pode, na presidência do Banco Central, dar um cavalo de pau depois que assumiu. Isso é uma coisa muito delicada. Quer dizer, o novo presidente, com os novos diretores, eles têm uma herança a administrar, mais ou menos como eu tive uma herança a administrar depois do Paulo Guedes", disse.
Leia mais: "Só sobrou Galípolo"
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)