Trump compara ataque ao Irã a bombardeio de Hiroshima
"Isso pôs fim àquela guerra. Se não tivéssemos eliminado isso, eles estariam lutando agora mesmo", afirmou o presidente dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou nesta quarta-feira, 25, os ataques às instalações nucleares do Irã no fim de semana ao uso de bombas nucleares nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o presidente americano, ambos foram usados para encerrar guerras com sucesso.
"Não quero usar o exemplo de Hiroshima. Não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa que pôs fim àquela guerra", disse Trump em uma cúpula da Otan na Holanda.
"Isso pôs fim àquela guerra. Se não tivéssemos eliminado isso, eles estariam lutando agora mesmo", continuou.
Para Trump, os ataques americanos atrasaram o programa nuclear do Irã em décadas.
"Não acho que eles farão isso de novo", disse o presidente americano sobre as ambições nucleares do Irã.
"Eles simplesmente passaram por um inferno. Acho que já chega. A última coisa que eles querem é enriquecer", acrescentou.
Relatório fala em "meses" de atraso
Um relatório preliminar de inteligência da Agência de Inteligência de Defesa, o braço de inteligência do Pentágono, apontou que os ataques americanos a três instalações nucleares atrasaram apenas em alguns meses o programa nuclear de Teerã, publicou a CNN.
Duas pessoas familiarizadas com o documento afirmaram à emissora que o estoque de urânio enriquecido do Irã não foi destruído.
Uma delas disse que as centrífugas estão em grande parte "intactas".
Outra afirmou que o urânio enriquecido teria sido removido das instalações nucleares antes do bombardeio americano.
Segundo a emissora, a análise dos danos às instalações e do impacto dos ataques ainda pode mudar.
Contudo, o documento contradiz as alegações de Trump de que os ataques "obliteraram completa e totalmente" o programa nuclear iraniano.
O que diz a Casa Branca?
A Casa Branca reconheceu a existência do relatório, mas afirmou que ele está "completamente equivocado".
"Esta suposta avaliação está completamente equivocada e foi classificada como 'ultrassecreta', mas mesmo assim foi vazada para a CNN por um perdedor anônimo e de baixo escalão da comunidade de inteligência. O vazamento desta suposta avaliação é uma clara tentativa de rebaixar o presidente Trump e desacreditar os bravos pilotos de caça que conduziram uma missão perfeitamente executada para destruir o programa nuclear do Irã. Todos sabem o que acontece quando se lançam quatorze bombas de 13.600 kg perfeitamente sobre seus alvos: destruição total", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
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