Trump alega tentativa de "alterar os resultados" em eleição hondurenha
Contagem foi paralisada na tarde de segunda-feira, 1º, com empate técnico entre 'Tito' Asfura e Salvador Nasralla
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reclamou nesta terça, 2, da interrupção na contagem dos votos da eleição presidencial em Honduras.
Na tarde de segunda, 1, o o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou o fim da Transmissão Preliminar dos Resultados Eleitorais (TREP) quando o processamento estava em 57%.
Até a paralisação, Nasry "Tito Asfura", apoiado por Trump, tinha 39,91% dos votos. Já Salvador Nasralla registrava 39,89%. A diferença entre os candidatos era de apenas 515 votos.
"Se fizerem isso, haverá um inferno a pagar"
Em sua rede Truth Social, Trump ameaçou o governo hondurenho.
“Parece que Honduras está tentando alterar os resultados de sua Eleição Presidencial. Se eles fizerem isso, haverá um inferno a pagar! O povo de Honduras votou em números esmagadores em 30 de novembro. A Comissão Eleitoral Nacional, o órgão oficial responsável pela contagem dos Votos, parou abruptamente de contar à meia-noite de 30 de novembro. Sua contagem mostrou uma disputa acirrada entre Tito Asfura e Salvador Nasralla, com Asfura mantendo uma vantagem estreita de 500 votos. Sua contagem foi interrompida quando apenas 47 por cento dos Votos foram contados. É imperativo que a Comissão termine de contar os Votos. Centenas de milhares de hondurenhos devem ter seus Votos contados. A democracia deve prevalecer!!”, escreveu.
A candidata da esquerda governista, Rixi Moncada, está em terceiro lugar.
Cenário político
A eleição é monitorada pela União Europeia, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Estados Unidos.
Mais de seis milhões de hondurenhos estavam aptos a votar.
Os concorrentes são Rixi Moncada, do partido governista Libre, Nasry “Tito” Asfura, do Partido Nacional, e Salvador Nasralla, do Partido Liberal.
O país vive um ambiente de forte polarização, com a disputa concentrada entre o bloco de esquerda e as forças tradicionais de direita.
A atual presidente, Xiomara Castro, apoia abertamente Rixi Moncada, que foi ministra da Defesa em seu governo.
Moncada afirma estar comprometida em “dar continuidade ao projeto de refundação” iniciado por Castro.
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