Tragédia na tragédia: Brasil ultrapassa 100 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus
Cinco meses após o primeiro caso da doença, o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus. Boletim divulgado na noite deste sábado, 8, mostra que o Ministério da Saúde contabilizou 905 óbitos decorrentes da pandemia nas últimas 24 horas, elevando o total a 100.477. O mesmo levantamento revela que o...
Cinco meses após o primeiro caso da doença, o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus. Boletim divulgado na noite deste sábado, 8, mostra que o Ministério da Saúde contabilizou 905 óbitos decorrentes da pandemia nas últimas 24 horas, elevando o total a 100.477.
O mesmo levantamento revela que o país ainda superou 3 milhões de casos confirmados de Covid-19. No total, 3.012.412 pessoas foram diagnosticadas com a doença desde o início da crise -- 2.094.293 estão recuperadas.
Poucos minutos após a divulgação do balanço, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República se esforçou, por meio do seu perfil oficial nas redes sociais, para tentar mostrar algum aspecto positivo das ações do governo federal no combate à doença.
"O resultado de tanto esforço é que somos uma das nações que mais recupera contaminados: já são mais de 2 MILHÕES DE BRASILEIROS SALVOS. Temos uma de menores taxas de óbitos por milhão entre os grandes países", escreveu a pasta no Twitter.
Segundo um mapeamento mantido pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo país do mundo em número de casos confirmados e de óbitos provocados pelo vírus. Já dados da Universidade de Oxford indicam o país em 10º lugar entre as nações com a maior quantidade de mortes por milhão.
A marca de 100 mil mortes por Covid-19 provocou a reação de diversas autoridades. Integrantes do Legislativo e do Judiciário prestaram condolências e publicaram mensagens de solidariedade.
O presidente Jair Bolsonaro não havia se manifestado até o início da noite, limitando-se a replicar a mensagem da Secom no Twitter. Apesar do silêncio a respeito da trágica marca, o chefe do Planalto chegou a publicar uma foto alusiva ao título do Palmeiras de campeão paulista, conquistado na tarde deste sábado, 8.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá, classificou o dia como "um dos mais tristes da história recente" e decretou luto oficial de quatro dias. "O Congresso Nacional decreta luto em solidariedade a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia", disse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM do Rio de Janeiro, por sua vez, ressaltou que o país não pode ficar "anestesiado" e tratar os números com "naturalidade". "Cada vida é única e importa. Em nome da Câmara dos Deputados, presto mais uma vez solidariedade aos familiares e amigos das vítimas desta grande tragédia", afirmou.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, preferiu divulgar uma carta aberta, na qual lamentou os reflexos da crise sanitária e anunciou luto oficial de três dias na corte. "São 100 mil pessoas que tinham um nome, uma profissão, projetos e sonhos. 100 mil vidas que certamente deixaram sua marca no mundo e na vida de outras pessoas", escreveu.
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, lamentou as mortes, sem citar a triste marca. "Não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social".
Ex-titular do ministério, Luiz Henrique Mandetta também foi às redes sociais, só que para reprovar a atuação do governo frente à pandemia. "Cem mil vidas perdidas. Negacionismo, desprezo à ciência, perda de credibilidade e ausência de liderança. Solidariedade às famílias.Força SUS! Oremos!", pontuou.
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Comentários (10)
Silas
2020-08-10 14:34:41Enquanto os prefeitos e governos se esforçam na medida do possível p combater coronavírus , na contra mão, vai Bolsonaro esfregando nariz e cumprimentando povo na rua com maior falta de empatia . Está aí resultado , infelizmente!
Paulo
2020-08-10 11:54:43Muitas cretinices. Há anos a saúde pública desse país é desprezada por esses mesmos que aí estão. Tampouco essa revista se preocupa em validar os casos reais, como os registros existentes nos cartórios de registros de óbitos, pois são essas a informações menos erradas, uma vez que os cartórios não tem domínio sobre os laudos que lhes são passados. Precisamos de mais correções nessas informações.
SANDRA
2020-08-10 09:14:28Dias de luto? Piada né. Vão trabalhar e fazer a gestão disso. Eh pura falta de gestão e liderança .
Manoel
2020-08-10 07:59:54Interessante. De acordo com o centro de registros nacional de óbitos do Brasil, de Jan a Jun de 2019 morreram 608.265 pessoas, no mesmo período de 2020 morreram 667.258. De duas uma, ou diminuiu o número de mortes por outros motivos ou
Jose
2020-08-09 23:56:16Pelo visto os bozistas estão tentando fazer o impossível: criar uma narrativa para inocentar o dono deles pelas 100.000 mortes de inocentes no país. Não cola pessoal. As atitudes genocidas do Bozo estão todas documentadas, passo a passo, dia a dia. Está tudo aí, disponível publicamente. Não há negacionismo que resolva. Que a justiça seja feita e o Bozo seja encarcerado. De preferência junto com o irmão gêmeo dele, o Lula!
Ricardo
2020-08-09 21:35:43O ministério da saúde deveria exigir o teste do covid para todos que entrarem em óbito, com certeza teremos uma redução drástica no número de mortos.
Bevi
2020-08-09 21:13:51E tragicômico ficar polarizando sobre o tema ou ligar para a opinião de políticos. Afinal, o contágio principal foi durante o carnaval. Mas cabe a cada um (óbvio) procurar socorro médico em vez de perder tempo com tolices.
João
2020-08-09 20:15:25Para analisar a causalidade dos 100.000 mortos no Brasil, temos que considerar que Bolsonaro decretou estado de emergência no país no início de fevereiro e a mídia, os governadores e os prefeitos ficaram quietinhos para não atrapalhar o faturamento do carnaval que foi realizado com o vírus já no Brasil. Chegam turistas estrangeiros principalmente no Rio, São Paulo, Baía e Pernambuco trazendo mais contágio para os brasileiros. E a mídia comemora efusivamente as mortes. Jogam contra o Brasil.
Jose
2020-08-09 16:02:27É uma vergonha alguém vir aqui tentar defender o genocida que está na presidência. Ou estas pessoas possuem memória curta ou são mesmo mal intencionadas e desprovidas de qualquer caráter!
Maria
2020-08-09 13:33:49É uma vergonha a Revista Crusoé que se diz isenta, fazer uma análise dessas! Em nenhum momento fala sobre a Luta do MS em implantar o Tratamento Precoce desde maio. As mortes que ocorreram têm a ver com a falta de tratamento precoce, que maus gestores públicos impedem de ser realizado se baseando em trabalhos científicos de baixa qualidade, despublicados por conflitos de interesses e metodologia errada, de amplo conhecimento de toda a imprensa.