Toffoli restringe divulgação de viagens de ministros do STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli (foto), determinou que as viagens realizadas por ele e seus colegas de tribunal a serviço não sejam mais divulgadas de forma detalhada pela corte. A diretriz faz parte da resolução publicada por Toffoli em 11 de março deste ano que regulamenta o uso de passagens e...
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli (foto), determinou que as viagens realizadas por ele e seus colegas de tribunal a serviço não sejam mais divulgadas de forma detalhada pela corte. A diretriz faz parte da resolução publicada por Toffoli em 11 de março deste ano que regulamenta o uso de passagens e concessão de diárias no âmbito do STF.
Na resolução, há um capítulo específico que trata da publicidade sobre esses deslocamentos a trabalho. As viagens de servidores, juízes convocados e colaboradores a serviço do tribunal, por exemplo, devem continuar a ser divulgadas em detalhes no boletim do STF, incluindo a descrição do motivo, a origem e o destino, o período de afastamento e os valores gastos. Já no caso das viagens realizadas pelos ministros, a resolução prevê a divulgação de apenas uma “despesa mensal individualizada”.
“Por razões de segurança, o extrato relativo à emissão das passagens em benefício dos ministros conterá apenas a informação da despesa mensal individualizada”, diz o texto. Caso um servidor, juiz auxiliar ou mesmo colaborador do Supremo tenha que acompanhar o ministro no mesmo voo, será tornada pública também apenas uma informação resumida do deslocamento.
A iniciativa é uma mudança em relação à postura que o STF vinha adotando até o ano passado. No site da corte, por exemplo, uma viagem que Toffoli realizou em maio de 2018 para a Rússia está descrita em detalhes. Na ocasião ele foi participar do VII Fórum Jurídico Internacional de São Petersburgo. Informações como essa não estarão mais disponíveis ao público.
Além das viagens a serviço, os ministros ainda contam com uma cota anual de passagens para serem utilizadas a título de “representação institucional” que, neste ano, ficou estabelecida em 60 mil reais de acordo com a resolução de Toffoli. Esse valor é reajustado anualmente e as passagens emitidas por meio dessa cota não podem ser utilizadas para viagens em que os ministros participem de eventos para os quais são remunerados.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
MAURÍLIO43
2020-04-05 20:56:43Os deuses do "olimpo tupiniquim" são capazes de todos os expedientes para ocultar as suas mordomias. Agem com total desplante e caradurismo; com esmero, servem-se da lei com base no safado mantra de que "se está na lei, pode não ser moral mas é legal" e o resto é mero "jus sperniandi"... Cada vez mais e mais, vampirizam o sangue dos que lutam para sobreviver. Eis que menosprezar a ira das pessoas e ainda roubar-lhes as esperanças nunca passou impune pelo crivo da História. Felizmente.
Aldo
2020-04-05 16:49:09Qual será o interesse público em tal restrição? Medida de segurança ou fuga de vaias?
Luiz
2020-04-05 15:56:21É a ilha da fantasia do judiciário , onde pessoas como ele se acham donos do estado e não servidores públicos , pra não mostrar o desperdício e o desrespeito com o dinheiro que não é deles , alegam questões de segurança , infelizmente com excessões de alguns ministros muito sérios que tem lá ,uma parcela se acham acima do povo , que são os seus patrões e continuam a se lambuzar no dinheiro público , deixando milhares de pessoas morrerem por falta desses recursos em hospitais e outros serviços
Elza
2020-04-05 12:23:17O que ele quer esconder??? sera que esqueceu que ele é funcionário público pago pelo povo
Alexandre
2020-04-05 09:33:32Esse imbecil acredita mesmo que é um “fidalgo”, que sua corte é formada por nobres e que o fato de ter sido indicado por um bandido garante todos os privilégios!
Maria
2020-04-04 18:58:39Eles são funcionários públicos, o povo é o patrão , temos a obrigação de saber o que os nossos empregados estão fazendo.
Marisa
2020-04-04 18:57:29Sempre optando pela falta de transparencia.!
Aparecida
2020-04-04 18:39:30Como? Nós pagamos as viagens, por que o sigilo? É a ditadura do judiciário, e depois dizem apreciar e manter a democracia, pensa que somos idiotas!
João
2020-04-04 18:05:04O pior poder da república de é o judiciário. Estamos ferrados, são juízes deles mesmos
Barros
2020-04-04 17:08:54Não tenho a menor dúvida de que o PIOR dos três poderes da República é o judiciário.