The Economist volta a trazer Cristo Redentor na capa, agora com máscara de oxigênio
A revista britânica The Economist traz na edição publicada nesta quinta, 3, um especial sobre o Brasil. Mais uma vez, a revista publica uma imagem do Cristo Redentor na capa: a estátua aparece respirando com uma máscara e um cilindro de oxigênio (foto). Com o título "A década sombria do Brasil", a reportagem principal começa...
A revista britânica The Economist traz na edição publicada nesta quinta, 3, um especial sobre o Brasil. Mais uma vez, a revista publica uma imagem do Cristo Redentor na capa: a estátua aparece respirando com uma máscara e um cilindro de oxigênio (foto).
Com o título "A década sombria do Brasil", a reportagem principal começa traçando um quadro desconcertante: "Os hospitais estão lotados, as favelas ecoam tiros e um recorde de 14,7% dos trabalhadores estão desempregados. Incrivelmente, a economia do Brasil está menor agora do que era em 2011 — e serão necessários muitos trimestres fortes, como o registrado em 1º de junho, para reparar sua reputação. O número de mortos no Brasil de Covid-19 é um dos piores do mundo. O presidente, Jair Bolsonaro, brinca que as vacinas podem transformar as pessoas em jacarés".
O texto afirma que o presidente Jair Bolsonaro falhou nas suas três promessas principais: punir os corruptos, reduzir a criminalidade e acelerar a economia. "Em vez de atacar a corrupção, ele protegeu seus aliados. Em abril de 2020, ele demitiu o chefe da Polícia Federal, que investigava seus filhos por corrupção. Seu ministro da Justiça pediu demissão, acusando-o de obstrução da Justiça. Dias antes, Bolsonaro havia ameaçado a independência da Suprema Corte. Em fevereiro, seu procurador-geral fechou a força-tarefa Lava Jato", diz o texto.
A revista diz que as ações de Bolsonaro, como ignorar as ofertas de vacinas, demitir funcionários para proteger seus filhos e desafiar as medidas de isolamento, configurariam crimes de responsabilidade. O presidente, portanto, poderia sofrer um impeachment, mas o Congresso deverá protegê-lo.
Uma das reportagens do especial é sobre corrupção. "Bolsonaro escolheu [Sergio] Moro para ser seu ministro da Justiça. Em uma reviravolta edipiana, ele destruiu a Lava Jato. A razão óbvia é que seu filho mais velho, Flávio, senador, foi acusado de desviar os salários de seus funcionários quando era deputado estadual no Rio. Seus outros três filhos também estão sob investigação por supostos crimes que vão desde dirigir uma rede de notícias falsas a receber um carro de um empresário em busca de influência (todos negam irregularidades)", diz a Economist.
O especial termina com uma reportagem intitulada “Hora de ir”, sobre a eleição de 2022, que pode encerrar o governo de Jair Bolsonaro. Em 2016, a revista deu o mesmo título para uma reportagem de capa sobre Dilma Rousseff. "Será difícil mudar o curso do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é votar para que ele vá embora", diz o texto.
A primeira capa da The Economist que trouxe o Cristo Redentor falava do crescimento econômico do Brasil, em 2009. A imagem aparecia decolando como um foguete. Depois, em 2013, o Cristo apareceu novamente, voando descontrolado e com o título: "O Brasil explodiu?". Em 2016, o Cristo estampou novamente a capa com uma mensagem de "SOS".
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Comentários (10)
Joaquim
2021-06-04 12:01:15Constato um fato que penso estar encoberto pelo manto diáfano da ganância e da desumanidade. Muitos infectados pela Covid-19, aquinhoados com boas posses financeiras, ao serem internados nos hospitais desembolsam verdadeiras fortunas para ocuparem leitos de UTI PREVENTIVAMENTE, ouse sejam, internado mesmo não precisando naquele momento, mas garantindo o tratamento intensivo no caso de piora na recuperação. É macabro e inacreditável constatar o primitivismo de alguns indivíduos humanos.
Fernao
2021-06-04 00:00:18se The Economist fizesse jornalismo sério e não partidário deveria falar do crescimento do Pib, do enorme saldo comercial e de privatizações importantes na infra estrutura e no saneamento
Antonio
2021-06-03 22:48:02correto a analise da revista
Elizabeth
2021-06-03 22:26:45The Economist, sei! Kkkk
Carla
2021-06-03 21:49:41Kkkkk se f...the ecomunist. Os números da economia brasileira já deixou a,edição velhissima
Mirna
2021-06-03 20:30:14A Revista The Economist retratou bem a situação do Brasil submetido às amarras de um péssimo governo sob a batuta de um PR incompetente. A ânsia de encerrar a roubalheira do PT nos impôs Bolsonaro e agora para nos livrarmos dele há risco do problema se repetir: Bolsonaro ou Lula?’ 2022 dirá. Triste Brasil, sempre de volta ao passado e sem futuro.
Geraldo
2021-06-03 19:59:42Enquanto existir IDIOTAS nos governando isso será “natural”.
Mario
2021-06-03 19:42:50Essa estátua não é muito de dar sorte.
Fernando
2021-06-03 18:47:09Ótima matéria. Triste realidade
Carlos Roberto Pereira
2021-06-03 18:03:36Excelente matéria, pena que é tudo verdade!!