'Tarifaço' sobre produtos chineses é de 145%, esclarece Casa Branca
Na quarta, 9, Trump anunciou que as tarifas adicionais chegariam a 125%

A Casa Branca esclareceu nesta quinta-feira, 10, que o 'tarifaço' sobre os produtos importados da China não é de 125%, como anunciado pelo presidente americano Donald Trump, mas 145%.
À CNBC, o governo americano afirmou que a tarifa adicional de 125% soma-se aos 20% aplicados desde março, em decorrência do fluxo de fentanil para os EUA.
Na quarta, 9, Trump disse que poderia se reunir com o ditador chinês, Xi Jinping, a quem chamou de "amigo", para discutir um acordo entre os dois países.
"Ele é meu amigo, o presidente Xi [Jinping]. Eu gosto dele, eu o respeito", afirmou Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.
"Durante anos, fomos enganados e aproveitados pela China… eles estavam ganhando dois bilhões de dólares por dia, esse país. Dois bilhões de dólares com tarifas por dia. Nós estaremos fazendo mais", acrescentou.
A nova política tarifária de Trump é marcada por uma comunicação confusa, que tem deixado jornalistas e investidores com dúvidas sobre a metodologia usada para calcular as tarifas adicionais.
Ações de Trump “terminarão em fracasso”
A China prometeu nesta quinta-feira, 10, adotar medidas para se proteger das novas tarifas anunciadas por Donald Trump para produtos chineses importados pelos Estados Unidos.
“As ações dos Estados Unidos não têm o apoio do povo e terminarão em fracasso”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, indicando o país que não vai recuar.
“Nunca aceitaremos pressão extrema ou intimidação por parte dos Estados Unidos”, acrescentou.
“Tomar medidas adicionais para se opor às ações de intimidação dos EUA não tem como único objetivo proteger nossa própria soberania, segurança e interesses de desenvolvimento. Também visa proteger a equidade e a justiça internacionais”, continuou.
“Vamos lidar inabalavelmente com nossos próprios assuntos, para compensar a incerteza do ambiente externo”, completou.
Mercados em queda
Com a correção realizada pela Casa Branca, as bolsas americanas aceleraram a queda nesta quinta-feira.
Às 12h50, o índice Dow Jones recuava 3,85%, enquanto S&P 500 cedia 4,59% e Nasdaq operava em queda de 5,38%.
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