Talibã rompe com missão da ONU no Afeganistão
O regime fundamentalista do Talibã, no Afeganistão, encerrou a cooperação com a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país. "O Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício deixará de prestar apoio e de cooperar com a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, que será considerada uma parte contrária",...
O regime fundamentalista do Talibã, no Afeganistão, encerrou a cooperação com a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país.
"O Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício deixará de prestar apoio e de cooperar com a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, que será considerada uma parte contrária", anunciou a pasta em comunicado divulgado na sexta-feira, 30.
A ruptura segue na esteira de comunicado da missão descrevendo "preocupação" pela recém-aprovada lei do Talibã que formaliza a repressão a mulheres e homens.
Os terroristas acusaram a ONU de "divulgar propaganda".
"Queremos que as organizações internacionais, os países e as pessoas que criticaram a lei respeitem os valores religiosos dos muçulmanos e se abstenham de tais críticas e declarações que insultam os valores sagrados do Islã", acrescentou o Talibã.
O que diz a nova lei?
O regime fundamentalista islâmico do Talibã, no Afeganistou, promulgou uma lei em 22 de agosto avançando na repressão sobre mulheres.
Essa é a primeira lei que trata da pauta de costumes desde a tomada do Talibã, em 2021. Algumas das medidas promulgadas já eram implementadas na prática.
Com 35 artigos que se estendem por 114 páginas, o texto obriga "a cobrir completamente seus corpos na presença de homens que não pertençam à sua família".
As mulheres tampouco podem cantar ou recitar poesia "ao saírem de casa por necessidade".
Também há restrições que atingem os homens, como a obrigatoriedade de manter barba longa.
A nova lei também proíbe relacionamentos sociais com não muçulmanos.
Também se proíbe a criação e uso de imagens de seres vivos em dispositivos eletrônicos, como computadores ou celulares.
As penas vão desde advertências e multas a prisão preventiva de três dias. Reincidentes são julgados em tribunal.
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Comentários (1)
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2024-08-31 11:07:43UM BANDO DE DOENTES MENTAIS.