Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela estará na posse de Maduro
A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, afirmou que o ditador é o "presidente constitucional"
A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), Caryslia Rodríguez, afirmou que todos os integrantes do Poder Judiciário participarão da posse ilegitima do ditador Nicolás Maduro em 10 de janeiro.
"No dia 10 de janeiro, nós vamos acompanhá-los [regime] na tomada de posse do presidente constitucional", declarou ao canal estatal do país.
Para Rodríguez, o "presidente constitucional" é Nicolás Maduro:
"Uma manifestação de fortalecimento da democracia", declarou.
A afirmação da chefe do Judiciário do regime, contudo, contraria o que ocorreu após as eleições de 28 de julho.
Até hoje, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não apresentou os registros de votação, que davam vitória ao presidente eleito Edmundo González Urrutia.
Repressão
O ditador venezuelano, anunciou a instauração do Órgão de gestão integral (ODIS), que centraliza todos os Poderes sob o pretexto de “defender a paz” no país.
Perto de sua posse, Maduro terá uma espécie de "Poder Supremo".
Ela comandará as Forças Armadas, a Milícia Nacional Bolivariana, forças policiais e grupos comunitários.
A medida dará ao regime ainda mais poder nas decisões sobre todos os órgãos da administração pública.
"A ativação do ODIS garantirá a vitória exemplar da paz”, disse o ditador.
Além disso, o próprio Maduro entregou fuzis russos a milicianos para ampliarem a repressão a opositores.
No dia 9 de janeiro, está marcada uma manifestação contra o regime chavista.
E o Brasil?
Segundo fontes ligadas ao governo, o Brasil recebeu a formalização do convite somente na terça-feira, 7.
A tendência é que a embaixadora do país em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, represente o governo Lula na posse do ditador.
Não há a previsão da ida de nenhum integrante residente em Brasília.
O governo brasileiro, contudo, não reconheceu a vitória de Edmundo González e também não condenou a fraude eleitoral.
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