Sidônio entra na mira da Câmara por repasses a mídia alinhada ao Planalto
Veículos de mídia alinhados ao PT voltaram a receber verbas publicitárias de bancos estatais durante o terceiro mandato do governo Lula

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou um pedido de convocação do ministro da Secom, Sidônio Palmeira (foto, ao lado de Lula), para que ele explique os motivos pelos quais estatais como Caixa e Banco do Brasil voltaram a investir em veículos alinhados ao Palácio do Planalto.
Como mostrou reportagem de capa da edição de Crusoé de 24 de novembro do ano passado, o site Brasil 247 recebeu quase 500 mil reais neste ano, três vezes mais que o Estadão, cujos jornalistas se tornaram alvo dos apoiadores do governo por revelar o passeio da "dama do tráfico amazonense" por gabinetes ministeriais. Já a revista Fórum conseguiu 232 mil reais.
Em 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil 247 e a revista Fórum não receberam nada, o que deixa bem claro que o direcionamento das verbas publicitárias é regido pelas conveniências de quem está no poder, e não por regras técnicas
Segundo o que revelou a Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, veículos de mídia alinhados ao PT voltaram a receber verbas publicitárias durante o terceiro mandato do governo Lula. Sites como Brasil 247, Opera Mundi, DCM, GGN e revista Carta Capital estavam de fora dos planos de mídia dos dois bancos públicos desde meados de 2016, quando ocorreu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Os bancos anunciavam nesses veículos em governos anteriores do PT, mas haviam interrompido as contratações na gestão de Michel Temer (MDB), situação que se manteve com Jair Bolsonaro (PL)”, informou a Folha. Os valores dos aportes não foram divulgados pelos bancos.
Agora, Gayer quer ouvir o ministro para saber se houve algum tipo de favorecimento ilícito à mídia alinhada ao Planalto.
“É com grande apreensão que acompanhamos as recentes notícias de que, após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cinco veículos de comunicação claramente alinhados ao Partido dos Trabalhadores (PT), voltaram a receber verbas publicitárias substanciais de duas das maiores instituições financeiras públicas do país: o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal”, disse o parlamentar no pedido de convocação.
“Este fato desperta sérias preocupações sobre a transparência e a imparcialidade no uso de recursos públicos, especialmente em um momento de extrema polarização política no Brasil”, acrescenta ele.
“Os bancos decidem apenas quanto vão alocar em cada site, jornal e revista”, reitera o parlamentar.
“Tendo em vista que o financiamento dessas campanhas publicitárias é realizado com verbas provenientes do erário, é imprescindível que o governo federal forneça explicações claras sobre os critérios adotados para a escolha dos veículos beneficiados e sobre o impacto da destinação dessas verbas na pluralidade e imparcialidade da mídia no Brasil”, acrescentou Gayer.
Para virar uma convocação de fato, o pedido precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2025-02-15 09:35:39QUAL A NOVIDADE ??? Quem fez a GloboLixo? O regime militar que dizem comparada a esta era uma "ditamole" que incrielmente não roubava e pasmem até cassava ladrões do erário, vá ver por isto a negada dos "derêxus dus manus" os odeiem ... quem está na merda hoje? a mesma GloboLixo e dá pena ver belas ninfas bostejar asneiras e mentiras ao ignaro canelau que se farta de tanta merda ... é imoral, ilegal, criminoso e passível de punição MAS quem vai puní-los ... a suprema corte ha ra ra.
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-02-14 16:03:12Já gastam com o maior complexo de mídias do Brasil, a Globe, por que gastar mais, Sidônio? Só posso concluir que você é um péssimo marqueteiro. Até agora não mudou em nada a imagem do cachaceiro, e agora essa de utilizar verba do BB e Caixa Econômica.