Senna Tower pode nascer sem recorde
Apesar de a Senna Tower ter mais andares, 157 contra 104, a torre Burj Binghatti é 7 metros mais alta devido a um “truque” arquitetônico

A Senna Tower, planejada para Balneário Camboriú, enfrenta a possibilidade de perder o título de prédio residencial mais alto do mundo antes mesmo do sair do chão.
Anunciada em 10 de maio de 2025, com construção prevista para começar no segundo semestre de 2025, a torre brasileira, com 550 metros e 157 andares, foi projetada para superar o Central Park Tower (472,4 m, em Nova York).
Só que a Burj Binghatti Jacob & Co Residences, já em construção em Dubai, ameaça tomar o recorde com 557 metros, ainda que com “apenas” 104 andares.
228 unidades
A Senna Tower, um empreendimento da FG Empreendimentos em parceria com a marca Senna e o Grupo Havan, terá 228 unidades residenciais, incluindo apartamentos de até 400 m² e coberturas de até 903 m², com preços entre 28 e 300 milhões de reais.
O projeto destaca-se por sua certificação LEED Platinum e alta tecnologia estrutural para evitar oscilações sob vento forte e tem entrega prevista entre 2030 e 2033. O lançamento, em maio de 2025, gerou 1,3 bilhão de reais em pré-reservas, mas a construção ainda não começou.
Só que a Burj Binghatti, localizada em Business Bay, Dubai, foi anunciada em novembro de 2022, com vendas iniciadas em junho de 2023.
299 unidades e um truque
A torre, uma colaboração entre a Binghatti Developers e a joalheria Jacob & Co, oferece 299 unidades, incluindo opções de duas e três suítes, além de coberturas de até 7 quartos, com preços a partir de 12,7 milhões de reais, menos da metade da unidade mais barata do prédio brasileiro.
Sua finalização está prevista para 2027, portanto pelo menos 3 anos antes da Senna Tower.
Apesar de a Senna Tower ter mais andares, 157 contra 104, a Burj Binghatti é 7 metros mais alta devido a um “truque” arquitetônico comum em torres que querem ser mais altas: ornamentos em cima do prédio.
A maioria desses ornamentos costuma ser de pináculos, aquelas antenas, mas no caso do prédio árabe trata-se de uma elaborada coroa em forma de diamantes. Os dois projetos enfrentam desafios de engenharia, como ventos intensos e sistemas hidráulicos complexos, mas a Burj Binghatti está mais avançada na construção.
Será que os construtores brasileiros vão dar uma “espichadinha” no projeto para retomar a liderança, espetando uma grande antena no topo? Parece uma solução simples, mas pode apostar que não é.
Leia mais: Rival da Senna Tower sofre em Nova York
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Comentários (1)
Joaquim Arino Durán
2025-06-03 16:49:56vai fazer sombra até o alto mar...