Robert Kennedy Jr. via XRobert Kennedy Jr., o terceira via americano

Sem terceira via no debate americano

21.06.24 12:04

Na próxima quinta-feira, 27, Donald Trump e Joe Biden se enfrentarão frente a frente no primeiro debate para as eleições americanas deste ano. O primeiro encontro entre os dois —nem ao menos um debate oficial, já que ambos ainda são pré-candidatos — não deverá ter a presença de Robert Kennedy Jr. (foto), considerada como a mais sólida opção de “terceira via” nas eleições deste ano.

Pelas regras do debate, RFK Jr., como é conhecido, não teria assento por não ter conseguido cumprir todos os requisitos para ser considerado “representativo”. Ele até chegou a pontuar com 15% das pesquisa em três pesquisas, mas sua pontuação em apenas seis dos 50 estados não seriam suficientes para garantir-lhe uma eventual vitória.

Após a CNN declará-lo inapto ao debate, ele acusou a emissora e as campanhas democrata e republicana de conluio. “Trump e o presidente Biden não concordam em muita coisa, mas eles concordam em me excluir do debate. Eles entraram em conluio com a CNN para armar as regras do debate e bloquear minha participação, para que eles não tenham de responder perguntas difíceis”, escreveu o candidato independente em seu X (antigo Twitter).

A campanha de RFK Jr. — membro de uma das famílias mais tradicionais da política americana — é errática, para dizer o mínimo. Um ex-membro do partido Democrata que se desvinculou do partido ao ver que não teria chance ao competir com Biden, o sobrinho do ex-presidente John Kennedy e filho do ex-senador Robert Kennedy passou a se apresentar como uma campanha capaz de romper a polarização entre democratas e republicanos.

Sua campanha, no entanto, ficou marcada mais pelas polêmicas: sua visão antivacinas — e seu negacionismo sobre a pandemia de Covid — afastaram eleitores moderados logo de cara. Sua decisão de adaptar um vídeo da campanha de John Kennedy à sua própria empreitada irritou todo mundo da sua família, que passou a abertamente fazer campanha para Biden; depois, afirmou que um verme havia comido parte do seu cérebro.

E, em abril, escolheu uma de suas maiores doadoras, Nicole Shanahan, para o posto de vice-presidente — advogada de empresas no Vale do Silício, Nicole é ex-esposa do fundador da Google, Sergey Brin, e venceu a disputa contra outros nomes igualmente fora da política, como a do jogador de futebol americano Aaron Rogers.

Leia mais em Crusoé: Marco Rubio como vice de Donald Trump?

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO