Sem restrições, Cade aprova compra de parte da Embraer pela Boeing
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (foto), Cade, aprovou sem restrições, nesta segunda-feira, 27, a compra de parte da Embraer pela Boeing. O jornal apurou que, conforme a avaliação do órgão, o negócio não representa riscos à concorrência, pois as empresas não atuam nos mesmos mercados. Anunciada em julho de 2018, a operação...
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (foto), Cade, aprovou sem restrições, nesta segunda-feira, 27, a compra de parte da Embraer pela Boeing. O jornal apurou que, conforme a avaliação do órgão, o negócio não representa riscos à concorrência, pois as empresas não atuam nos mesmos mercados.
Anunciada em julho de 2018, a operação é avaliada em 4,2 bilhões de dólares. Autoridades antitruste dos Estados Unidos e da China também aprovaram a transação. Resta a análise da União Europeia.
De acordo com o Estado de São Paulo, o Cade avaliou duas operações: a aquisição pela Boeing de 80% da operação comercial da Embraer, que inclui a produção de aeronaves regionais e comerciais de grande porte, e a criação de uma joint venture — acordo pela união de recursos entre empresas para uma tarefa específica — para o desenvolvimento da aeronave de transporte militar KC-390.
Em maio do ano passado, a Boeing anunciou que a empresa resultante da compra dos 80% da divisão comercial da Embraer se chamará Boeing Brasil – Commercial. A marca Embraer continuará existindo, mas restrita aos segmentos de aviação executiva e de defesa, que não foram incluídos no acordo com a americana.
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Comentários (6)
Leao
2020-01-28 09:33:16Lamentavelmente, estamos fadados a ser uma eterna colônia, fornecedora de comodities agrícolas para o primeiro mundo. Nossa indústria está em queda livre há 40 anos, e tem bozistas que aplaudem movimentos como este. No mundo não existem nações poderosa e soberanas que não tenham uma indústria forte e tecnológica.
João
2020-01-28 06:36:57Lamentável. Lamentável. Lamentável. Mais uma perda para o país. :(
Paulo.Quaresma
2020-01-28 01:19:13Apoio a livre iniciativa e independência das companhias privadas, mas para quem esteve em S. J. dos Campos no 1º Salão Internacional de Aviação em 1973, promovido pela EMBRAER, evento que nos encheu de orgulho e, depois de tanta história de vida transcorrida, dói no peito ver o maior ícone tecnológico brasileiro passar às mãos da BOING por uma merreca. Aos 71 anos, quase chorei.
Marco
2020-01-27 20:06:52E se a Boeing passar por dificuldades? vide 737 Max ?
Rafael
2020-01-27 20:00:33Por que a União Europeia tem que aprovar? Será que terão isenção, tendo em vista que a concorrente é a Airbus?
Cap. Kirk
2020-01-27 18:14:17Boa! Airbus e a Canadense Bombardier estão arrancando os cabelos neste momento. A Bombardier já usou de todos os expedientes possíveis (corrupção, propina, talvez sabotagem, foram só alguns) para alijar Embraer de concorrências internacionais. Enquanto isso Brasil decola junto com a gigante dos ares. Curiosidade, por que será que um negócio desse vulto e com a repercussão tão favorável ao Brasil, não ocorreu nos últimos seis governos?