Segunda onda de coronavírus em Israel derruba aprovação de Netanyahu
Israel lidou muito bem com a pandemia do coronavírus em seu começo. Após registrar picos de 13 mortes por dia em março e abril, os óbitos caíram para praticamente zero em junho. Contudo, uma segunda onda da epidemia surgiu no início deste mês. A curva de casos empinou e o total de infectados dobrou nas...
Israel lidou muito bem com a pandemia do coronavírus em seu começo. Após registrar picos de 13 mortes por dia em março e abril, os óbitos caíram para praticamente zero em junho. Contudo, uma segunda onda da epidemia surgiu no início deste mês. A curva de casos empinou e o total de infectados dobrou nas últimas duas semanas.
A chegada de uma segunda onda da pandemia jogou para baixo a aprovação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto). Em um mês, a confiança em Bibi despencou de 47% para 29,5%, segundo pesquisa de opinião do Centro Guttman, do Instituto Israel Democracia (IDI, na sigla em inglês).
"A primeira onda da Covid-19 não foi tão forte. Depois que ela passou, muitos acharam que a pandemia tinha acabado e o comércio voltou a abrir as portas. Mas a segunda onda veio com muito mais intensidade e os israelenses ficaram com medo de serem infectados e de perderem o emprego", diz o sociólogo Or Anabi, pesquisador do IDI e professor da Universidade Bar-Ilan.
Desde meados de junho, o índice oficial de desemprego pulou de 4,5% para 7,6%. Entre os mais pobres, cerca de 70% dos israelenses se dizem preocupados com a situação econômica. O temor de ter alguém da família contaminado subiu de 50% para 75%.
O instituto também perguntou qual é o sentimento que as pessoas têm em relação ao governo. Decepção foi o mais citado, por 45%. Em seguida veio raiva, com 22%. "O coronavírus não foi embora como muitos imaginavam, o que gerou muita frustração", diz Anabi.
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