Reunião ministerial desta terça não foi gravada, afirma Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (foto) afirmou que a reunião interministerial desta terça-feira, 12, não foi filmada. Ele decidiu deixar de gravar os encontros do Conselho de Governo após uma das fitas — a de 22 de abril — tornar-se elemento central do inquérito que investiga sua interferência na Polícia Federal. No encontro do mês passado, Bolsonaro exigiu a...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) afirmou que a reunião interministerial desta terça-feira, 12, não foi filmada. Ele decidiu deixar de gravar os encontros do Conselho de Governo após uma das fitas — a de 22 de abril — tornar-se elemento central do inquérito que investiga sua interferência na Polícia Federal.
No encontro do mês passado, Bolsonaro exigiu a troca do superintendente da corporação no Rio para proteger amigos e familiares, conforme relatos de pessoas que assistiram a gravação nesta manhã.
O presidente comentou o assunto ao chegar no Palácio da Alvorada após questionamentos sobre a alta do dólar em meio às especulações relacionadas ao conteúdo da filmagem. “Eu conversei hoje na reunião de ministros, que não foi filmada dessa vez… A gente sempre usou vídeo para depois de fazer algumas imagens ser destruído. Esse outro não foi destruído”, disse.
De acordo com o presidente, integrantes do alto escalão mostraram desconforto com uma possível gravação depois do início da investigação. “Foi para evitar esse problema. É até consenso, né? Os ministros pediram que não fosse filmado. Eu já tinha decido que não seria filmado também para evitar”, afirmou.
“A reunião de ministros não é algo previsto em lei que você tem que filmar e guardar por tanto tempo ou divulgar logo depois. E aí, muitas vezes, são discussões que são um pouco acaloradas", completou.
Bolsonaro não respondeu perguntas sobre falas dos ministros na reunião de abril. Ele evitou o assunto, por exemplo, quando indagado se o titular da Educação, Abraham Weintraub, de fato, xingou ministros do Supremo Tribunal Federal.
O chefe do Planalto voltou a negar, no entanto, que tenha pressionado Moro pela demissão do superintendente da PF no Rio para proteger sua família. Ele repetiu que, no encontro, não foram faladas as palavras “Polícia Federal”, “superintendência” e “família”. Mais uma vez, o presidente disse esperar que não sejam divulgados trechos da fita desconexos do inquérito.
“Da minha parte, a parte no tocante ao inquérito está liberada. Até palavrão meu que falei lá. Tem palavrão. Sem problema nenhum. Toda a minha parte está liberada. Agora, espero que as questões sensíveis, de segurança nacional e soberania nacional não vazem. Isso é péssimo para o Brasil”, defendeu.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)