Retaliações esportivas aos russos crescem com escalada da guerra
A escalada dos ataques da Rússia à Ucrânia tem motivado uma série de retaliações esportivas de entidades e empresas contra federações, patrocinadores e até atletas russos. Os casos mais emblemáticos envolvem o futebol. Após a invasão da Ucrânia pelo exército de Vladimir Putin, que completa seis dias nesta terça-feira, 1, a Fifa decidiu excluir a...
A escalada dos ataques da Rússia à Ucrânia tem motivado uma série de retaliações esportivas de entidades e empresas contra federações, patrocinadores e até atletas russos.
Os casos mais emblemáticos envolvem o futebol. Após a invasão da Ucrânia pelo exército de Vladimir Putin, que completa seis dias nesta terça-feira, 1, a Fifa decidiu excluir a Rússia das eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, em novembro. A seleção russa (foto) enfrentaria a Polônia na repescagem no fim deste mês.
Nesta terça-feira, a Adidas, empresa de equipamentos esportivos, anunciou a suspensão de seu patrocínio com a Federação Russa de Futebol, com efeito imediato, por causa do conflito.
Já a seleção feminina foi excluída da Eurocopa que será disputada na Inglaterra, em julho. A Uefa, confederação europeia de futebol, também já tinha retirado a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo, importante cidade portuária russa. A decisão, marcada para o dia 28 de maio, foi transferida para Paris.
O Spartak Moscou, clube da capital russa, também foi eliminado das oitavas de final da Liga Europa, como sanção esportiva da Uefa por causa dos ataques do governo Putin à Ucrânia.
A Federação Russa de Futebol classificou as medidas como "discriminatórias". Segundo as entidades, as retaliações esportivas podem ser revistas caso a Rússia mude sua postura no conflito na Ucrânia.
Clubes europeus também anunciaram medidas contra parceiros russos. O alemão Schalke 04 rompeu um contrato de patrocínio que já durava 15 anos com a Gazprom, estatal russa do ramo de energia.
Na Inglaterra, o Manchester United rescindiu a parceria com a empresa aérea russa Aeroflot, que tem participação majoritária do governo Putin. Já o bilionário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, teve de se afastar do comando do clube após pressão dos ingleses.
As retaliações também atingiram outras modalidades. A Federação Internacional de Vôlei, por exemplo, alterou a sede do campeonato mundial masculino que ocorreria entre agosto e setembro na Rússia, e também excluiu as seleções, times e árbitros da Rússia e de Belarus, aliado de Putin, das competições internacionais.
Medida semelhante tomou a Federação Internacional de Tênis nesta terça, suspendendo as delegações dos dois países de seus torneios oficiais. Com isso, Rússia e Belarus não poderão participar dos eventos organizados pelo entidade, como a Copa Davis, torneio do qual os russos são os atuais campeões.
Pressionada por pilotos e equipes, a Federação Internacional de Automobilismo também decidiu cancelar o GP de Sochi, que estava previsto para ocorrer no dia 25 de setembro. "O Mundial de F1 visita países de todo o mundo com uma visão positiva de unir as pessoas. Estamos acompanhando os acontecimentos na Ucrânia com tristeza e choque e a esperança de uma pacífica resolução para a presente situação", disse a entidade.
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Comentários (5)
MARCIO
2022-03-02 12:49:20O mundo contra a Rússia, mas Nero com Putin, porquê Nero é uma cade.linha que precisa de dono
Jose Soares Junior
2022-03-02 00:11:44Espero que esta condenação se universalize. Que seja acrescentada entre as condições de revogação dessas suspensões a cláusula, não apenas de "solução pacífica", mas também JUSTA, com a restituição da Criméia à Ucrânia.
Jose
2022-03-01 21:00:26Está certo. Quem sabe assim os russos modernos não mandem o manico para o manicômio.
Odete6
2022-03-01 20:26:16https://oglobo.globo.com/mundo/soldados-russos-estariam-se-rendendo-sem-resistencia-aos-ucranianos-diz-pentagono-25414881
Fnc
2022-03-01 18:12:42Tudo correto. Apenas parem de avançar com a otan. Qual o sentido?