Republicanos defende privatização dos Correios
"Já era de se esperar: como ferramenta estatal do governo Lula, os Correios amargam em prejuízos", diz Marcos Pereira, presidente do partido

Presidente do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP, foto) publicou postagens em suas redes sociais para dizer que seu partido defende a privatização dos Correios.
O Republicanos, partido do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, é dessas legendas que compõem a base e a oposição ao governo Lula ao mesmo tempo.
"Já era de se esperar: como ferramenta estatal do governo Lula, os Correios amargam em prejuízos", diz o deputado, acrescentando dados sobre o desempenho da estatal no governo Lula:
"No 1º trimestre deste ano, a conta ficou R$ 1,7 bilhão no vermelho. Vale lembrar que em 2024 foi ainda pior: R$ 2,6 bilhões em prejuízos. Com Bolsonaro, o desempenho dos Correios foi positivo, com destaque para 2021, quando a empresa registrou lucro recorde de 3,7 bilhões."
"Defendemos que os Correios sejam privatizados"
"Nós, do Republicanos, defendemos que os Correios sejam privatizados. O Estado brasileiro deve agir de forma estratégica e eficiente, pois só assim teremos viabilidade financeira de fazer a justiça social tão prometida pelo atual governo", completou Pereira.
O presidente do Republicanos, partido que está completando 20 anos, voltou ao assunto em outra postagem.
"Ainda sobre a crise nos Correios: no governo Bolsonaro, o então deputado Gil Cutrim (Republicanos) relatou favoravelmente à privatização da estatal. Com a chegada do governo Lula, a proposta foi engavetada e travou no Senado. Apesar disso, seguimos defendendo a privatização."
Lula
De fato, Lula retirou não apenas os Correios, mas outras estatais, como Telebras, Dataprev e Serpro, do rumo da privatização. A decisão é questionada de forma mais intensas sempre que o Banco Central publica seu balanço sobre as contas dessas empresas.
As empresas estatais federais registraram um prejuízo de 2,73 bilhões de reais entre janeiro e abril deste ano, segundo os dados divulgados pelo BC. Trata-se do maior rombo da série histórica, iniciada em 2002 pela autarquia.
O resultado representa um aumento de 62,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando o déficit somou 1,68 bilhão de reais. No primeiro ano do governo Lula, em 2023, as estatais haviam acumulado prejuízo de 1,84 bilhão de reais até abril.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck nega sempre que pode que o governo Lula tenha levado as estatais brasileiras a um "rombo" em suas contas. "Muitas despesas que são feitas pelas estatais são com dinheiro que estava em caixa. E, portanto, acaba gerando resultado deficitário, ainda que as empresas tenham lucro", justificou no em janeiro.
Correios
O caso dos Correios tem chamado mais atenção porque, como destacou Pereira, a empresa enfrenta dificuldades para honrar as próprias contas.
A empresa alega que foi impactada pela volta da taxação a compras internacionais de menos de 50 dólares, e apela para planos de demissão voluntária, mas segue patrocinando eventos do governo Lula.
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