Reféns narram os 471 dias sob controle do Hamas
"Eu tinha certeza de que ia morrer", disse uma das três mulheres israelenses
As três mulheres israelenses libertadas pelo Hamas, no primeiro dia do acordo de cessar-fogo, compartilharam pela primeira vez o terror vivido nos 471 dias no cativeiro em Gaza.
Romi Gonen, de 24 anos, Emily Damari, de 28 anos, Doron Steinbrecher, de 31 anos, voltaram aos braços de seus familiares no último domingo, 19.
“Eu não pensei que voltaria. Pensei que morreria em Gaza”, disse uma das reféns ao canal 12.
Sem identificar-se, uma das mulheres contou que os terroristas avisaram sobre a libertação poucas horas antes da transferência.
Nas redes sociais, as imagens mostraram centenas de radicais islâmicos armados com fuzis.
Houve registro de terroristas em cima do comboio da Cruz Vermelha, que coordenou o recebimento das reféns.
"Ficamos morrendo de medo no ponto de transferência, devido à combinação de terroristas armados e da multidão de Gaza”, afirmou.
Sob tortura constante, as mulheres afirmaram ter passado a maior parte dos últimos 15 meses em um cativeiro sem luz solar.
Como forma de tortura, os terroristas expunham as reféns periodicamente ao noticiário de rádio e televisão.
Uma delas afirmou que foi submetida a uma cirurgia sem anestesia.
A jovem Damari perdeu dois dedos devido ao ataque promovido no sul de Israel.
Os familiares concederam uma coletiva de imprensa no hospital de Sheba Medical Center, para o qual as reféns foram transportadas de helicóptero.
Eles agradeceram ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao ex-presidente Joe Biden pela negociação do acordo de cessar-fogo.
Todos as informações concedidas pelas reféns foram atestadas pelos militares israelenses.
Falhas
O ataque do Hamas, que tirou a vida de 1.200 pessoas e sequestrou 251 reféns, tornou-se uma marca negativa ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A maioria dos membros do seu governo se recusam a assumir a responsabilidade pelas falhas estratégicas no sistema de defesa.
Para a oposição israelense, todos os chefes de postos estratégicos, incluindo Netanyahu, deveriam entregar os cargos.
O chefe das Forças de Defesa, tenente-general Herzi Halevi, renunciou ao posto máximo.
Halevi admitiu "falhas estratégicas" na defesa do país durante o episódio de 7 de outubro.
Leia mais: "Chefe das Forças de Defesa de Israel renuncia por falhas no 7 de outubro"
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