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    Reduzir exigências educacionais empobrece a todos

    A flexibilização de critérios de seleção compromete a preparação profissional e a qualidade dos serviços públicos

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    Alexandre Borges
    6 minutos de leitura 14.10.2024 10:22 comentários 1
    Foto: IA por Alexandre Borges
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    A ideia de reduzir critérios de seleção em profissões essenciais, como bombeiro ou policial, muitas vezes é vendida como uma forma de inclusão e democratização do acesso. Essa é, na verdade, uma armadilha. Ao baixar os padrões, comprometemos a qualidade dos serviços prestados, e o resultado é um empobrecimento geral da sociedade. O que parece ser uma solução justa é, na realidade, uma manobra demagógica que favorece líderes populistas e esconde um preconceito elitista.

    Líderes populistas defendem a flexibilização dos critérios educacionais e profissionais sob o pretexto de incluir mais pessoas. Na prática, essa estratégia serve apenas para perpetuar estruturas de poder. Enquanto oferecem promessas fáceis de acesso, eles e suas famílias continuam a frequentar escolas de elite e utilizar os melhores serviços, onde os critérios de seleção seguem rigorosos e tradicionais.

    O discurso é de democratização, mas o resultado é uma sociedade profundamente desigual, na qual a maioria recebe serviços de qualidade inferior prestados por profissionais despreparados.

    Esse discurso que promete acesso facilitado e diplomas sem esforço serve apenas à perpetuação de um sistema que beneficia os mais privilegiados. Em vez de promover a verdadeira inclusão, mantém a população dependente de soluções temporárias, enquanto a elite continua a garantir os melhores serviços para si mesma, assegurados por profissionais selecionados com base no mérito e na competência.

    Elitismo disfarçado de inclusão

    Essa falsa inclusão esconde, na realidade, um preconceito enraizado: a crença de que os pobres são incapazes de aprender, estudar e se desenvolver plenamente.

    Essa visão elitista da aristocracia ocidental considera que exigir padrões elevados seria injusto com aqueles que vêm de condições mais difíceis, como se o esforço e a excelência estivessem fora do alcance da população mais pobre.

    Ao promover a flexibilização dos critérios, essa aristocracia perpetua a ideia de que certas pessoas não são capazes de superar desafios educacionais ou profissionais, o que é, em essência, uma forma de preconceito.

    Jonathan Haidt aponta que esse tipo de paternalismo, comum na esquerda, foca apenas em sentimentos de cuidado e empatia, mas ignora a importância de valores como mérito, esforço e responsabilidade. Ao nivelar por baixo, oferecem uma visão condescendente e elitista da inclusão.

    O que essas políticas ignoram é que os indivíduos de todas as classes sociais são capazes de alcançar excelência, desde que recebam as oportunidades e o apoio necessários. Reduzir os padrões para "facilitar" o caminho dos mais pobres não é inclusão; é desvalorização de seu potencial.

    A busca pela redução dos padrões de seleção reflete, além de preconceito, um uso demagógico da educação. Como destaca Thomas Sowell, ao tentar igualar os resultados por meio da diluição das exigências, estamos apenas enfraquecendo o sistema como um todo.

    Em vez de preparar mais pessoas para o sucesso, estamos nivelando por baixo, prejudicando tanto os mais qualificados quanto aqueles que mais precisam de uma educação sólida.

    Profissões essenciais, como bombeiro e policial, exigem preparo técnico e físico rigoroso, e flexibilizar essas exigências é comprometer a segurança e a eficiência dos serviços públicos. Ao substituir o mérito e a competência por um discurso de inclusão ilusória, os populistas minam a formação dos indivíduos e a qualidade dos serviços prestados, perpetuando a desigualdade e a dependência.

    A falsa inclusão e suas armadilhas

    Ao permitir que critérios mais baixos sejam usados como justificativa para inclusão, o populismo educacional cria um sistema de exclusão disfarçado.

    Enquanto os privilegiados continuam a ter acesso a boas escolas e serviços de qualidade, a maioria da população fica presa em um ciclo de baixa qualificação e oportunidades limitadas. Essa é a realidade das chamadas "escolas senzala", nas quais a massa é educada de forma insuficiente, enquanto a elite desfruta de instituições de excelência.

    Essa dicotomia entre escolas de baixa qualidade para a maioria e o ensino de ponta para a elite aprofunda a desigualdade e reforça a ideia de que certos grupos estão destinados a desempenhar papéis menos qualificados.

    A promessa de acesso fácil ao ensino superior, sem uma base educacional sólida, é uma ilusão que alimenta o populismo: cria mais diplomas, mas não forma profissionais.

    O impacto a longo prazo

    A longo prazo, a redução de critérios tem consequências devastadoras.

    Ao admitir profissionais sem o devido preparo, criamos um ambiente de serviços ineficazes, insegurança e profissionais que não conseguem desempenhar suas funções de maneira eficiente. Um bombeiro que não tem o preparo físico necessário, ou um policial sem a formação adequada, não só coloca sua vida em risco, mas também compromete a segurança daqueles que dependem de sua atuação.

    Jonathan Haidt argumenta que, para uma sociedade prosperar, é necessário equilibrar os valores morais, indo além da empatia imediata e focando também em aspectos como responsabilidade e mérito. Ao privilegiar soluções rápidas e simplistas, que prometem inclusão sem esforço, os líderes populistas estão, na verdade, destruindo o capital moral que sustenta uma sociedade próspera e justa.

    Flexibilizar critérios educacionais e profissionais não promove a inclusão; reforça um ciclo de mediocridade e preconceito elitista.

    Enquanto a população é enganada por promessas de facilidades e diplomas vazios, a elite política continua a usufruir dos melhores serviços e a manter para si os benefícios de um sistema meritocrático. O verdadeiro preconceito está em acreditar que os pobres são incapazes de alcançar a excelência e, por isso, devem ser poupados de desafios.

    Uma sociedade que valoriza apenas o sentimentalismo, ignorando o mérito e a responsabilidade, é uma sociedade, no limite, suicida. A busca pela excelência não deve ser vista como um obstáculo, mas como um caminho necessário para garantir um futuro mais seguro e próspero para todos.

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    Comentários (1)

    AEC

    2024-10-14 16:44:07

    Parabéns, Alexandre Borges!


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    AEC

    2024-10-14 16:44:07

    Parabéns, Alexandre Borges!



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