Receita envia ao MPF suspeitas sobre empresa de fundador do Inhotim
A Receita Federal encaminhou ao Ministério Público Federal de Minas Gerais uma representação para fins penais sobre a Bemai Participação e Administração e seu sócio, o empresário Bernardo de Mello Paz, conhecido por ser o fundador do Instituto Inhotim (foto). Localizado na cidade mineira de Brumadinho, o Inhotim é considerado um dos maiores museus a...
A Receita Federal encaminhou ao Ministério Público Federal de Minas Gerais uma representação para fins penais sobre a Bemai Participação e Administração e seu sócio, o empresário Bernardo de Mello Paz, conhecido por ser o fundador do Instituto Inhotim (foto). Localizado na cidade mineira de Brumadinho, o Inhotim é considerado um dos maiores museus a céu aberto do mundo.
Esse tipo de representação é enviada ao MPF quando o Fisco, durante uma fiscalização tributária, encontra indícios de possíveis crimes praticados pelo contribuinte. O compartilhamento de informações com as relacionadas ao fundador do Inhotim foi alvo da famosa liminar do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que, a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente da República, proibiu o repasse de relatórios da Receita e do Coaf a outros órgãos sem autorização da Justiça. O plenário do Supremo Tribunal Federal, no entanto, derrubou a decisão de Toffoli no final de 2019.
Sobre o idealizador do Inhotim, o Fisco afirma ter encontrado indícios sobre possível omissão de "receitas e lucros auferidos”. A Receita também identificou a ausência de lançamento mensal na contabilidade da empresa de “quantias descontadas dos segurados ou devidas pelo empregador”.
Em 2017, Bernardo Paz, que é irmão de Cristiano Paz, ex-sócio do operador do mensalão, Marcos Valério, foi condenado por lavagem de dinheiro. Segundo o MPF, ele teria usado uma empresa criada para administrar doações ao Inhotim, a Horizontes, para encobrir repasses de ao menos 95 milhões de dólares (cerca de 207 milhões de reais à época) a outros negócios em seu nome. Condenado em primeira instância, Paz foi absolvido em fevereiro deste ano pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Volf MS
2020-07-27 07:43:30Se houver algum empresário que não sonega Brasil, temos de ficar sabendo para que seja canonizado com urgência.
JORGE
2020-07-26 10:39:34Terra de "apátridas". Um cem números de políticos, servidores e empresários, tomaram o país como território próprio, saqueando-o a céu aberto. A falta de patriotismo e o descaramento dessa casta desses criminosos, faz com que o país fique patinando na estaca zero, sem qualquer perspectiva de desenvolvimento. Não se comenta - parece proibido - que o futuro é muito sombrio, cuja crise já é fato notório e real decorrente dos efeitos da covid-19. Só Deus pode mudar essa mentalidade doentia.
Donisete
2020-07-26 09:40:12É notório quando a Reportagem se torna tendenciosa, associando nomes e escondendo outros. Estão menosprezando a inteligência do eleitor. No limite para cancelar a assinatura
Alvaro
2020-07-26 07:33:51Já que fez questão de vincular a decisão do Toffoli à família Bolsonaro, deveria ter deixado clara a vinculação do mensalão ao governo do Lula. Não seria mais justo e mais jornalístico?