Quem pode ajudar o brasileiro a melhorar de vida em 2025
Apenas um em 25 brasileiros acredita que o governo federal pode contribuir para que ele tenha um ano melhor
O instituto Locomotiva perguntou a 1.461 brasileiros com mais de 18 anos o que eles achavam que poderia ajudá-los a melhorar de vida neste novo ano que começa.
As entrevistas foram feitas digitalmente, com formulários, entre 2 e 3 de dezembro do ano passado.
A opção mais escolhida ns respostas possíveis foi "eu mesmo", com 46%.
Mérito próprio
O número mostra como o brasileiro hoje entende que o esforço pessoal e o trabalho são o melhor meio para ascender socialmente.
Para esse público, o discurso estatizante, segundo o qual as pessoas precisam de ações do governo para melhorar de vida, não cola.
"Lula (foto) não está conseguindo voltar a falar com o brasileiro médio. O presidente que sempre foi o maior comunicador do país está distante de um eleitor que não aceita mais o mínimo", diz Renato Meirelles, diretor e fundador do instituto Locomotiva.
"Fica cada vez mais óbvio que as fórmulas do passado não são suficientes na nova realidade brasileira", diz Meirelles.
Deus, família e sorte
Depois de "eu mesmo", as demais opções mais populares foram:
- Deus/Minha igreja: 22%
- Minha família: 13%
- A sorte: 5%
Governo por último
O governo federal só aparece em quinto lugar, com 4%.
Ou seja, apenas um em 25 brasileiros acredita que o governo federal pode contribuir para que ele melhore de vida em 2025.
Em seguida, as opções mais populares foram: empresa em que trabalha (3%), meus amigos (2%).
Então, temos o governo municipal e o governo municipal, ambos com 2%.
Empreendedorismo em alta
Essa tendência do eleitorado brasileiro explica em grande parte a derrota da esquerda nas eleições municipais do ano passado.
As mudanças sociais das últimas décadas disseminaram novos valores.
Aqueles que ascenderam socialmente valorizam o trabalho e o mérito pessoal.
Muitos se tornaram pequenos empreendedores, abrindo pequenos negócios, como salões de beleza ou lojas de conserto de celular. Outros são motoristas e entregadores.
“O Brasil tem hoje 11 milhões de pessoas cuja principal fonte de renda vem dos aplicativos. Esse contingente inclui tanto os motoristas e entregadores como os que vendem camisetas no Mercado Livre ou bolos de pote no iFood”, disse Meirelles, na reportagem Esquerda apagada, capa da edição 338 de Crusoé.
Discursos políticos que veem as pessoas como dependentes do Estado, que prometem benefícios dos empregos formais ou programas de transferência de renda têm baixa reverberação nesse público.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Edson Barbosa
2025-01-03 19:12:20Duda, eu ando diariamente em uber e converso com eles. Só encontrei até hj 1 de esquerda, nesses anos todos. Acabou essa história da gente ficar mantendo essa turma aí de esquerda, de direita na mamata. ACABOU! Acho que não leva mais 5 anos e o povo vai derrubar esses mamateiros.