Queiroga usa justificativa frágil para orientar suspensão da vacinação de adolescentes
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (foto), usou uma justificativa frágil para explicar o recuo e a nova orientação da pasta pela suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19 e criticou estados e municípios pela vacinação de 3,5 milhões de jovens de 12 a 17 anos antes da última quarta-feira, 15, data...
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (foto), usou uma justificativa frágil para explicar o recuo e a nova orientação da pasta pela suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19 e criticou estados e municípios pela vacinação de 3,5 milhões de jovens de 12 a 17 anos antes da última quarta-feira, 15, data oficialmente estabelecida no cronograma do plano nacional para o início da inoculação deste público. "É como se fosse uma disputa de corrida de Fórmula 1, para ver quem chega primeiro", reclamou.
Embora a Agência Nacional de Vigilância da Saúde tenha autorizado a aplicação da vacina desenvolvida pelo laboratório Pfizer em crianças com 12 anos de idade ou mais, atestando a eficácia e a segurança da substância, Queiroga orientou até mesmo os jovens sem comorbidades que tomaram a primeira dose dela a não concluírem o ciclo de imunização. Ele chegou a apelar para que as mães não os deixem ir aos postos de saúde.
Para justificar a medida, Queiroga afirmou que, entre os 3,5 milhões de jovens vacinados, cerca de 1,5 mil apresentaram efeitos adversos. "Não é um número grande, mas temos que ficar atentos com nossa vigilância em saúde para dar a resposta que a sociedade quer ouvir de seus gestores", disse.
Apesar de ter citado os números, o ministro não apresentou detalhes. E mais: usou como exemplo de preocupação o caso de um jovem imunizado com a vacina da Pfizer que faleceu recentemente, embora os órgãos competentes não tenham finalizado a investigação sobre a causa da morte. "Não está estabelecido um nexo de causalidade", admitiu.
A despeito do alarmismo, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, acrescentou que, por ora, o ministério sabe somente que a morte está associada "temporalmente" à imunização. "Não sabemos se o paciente tinha comorbidades ou não. Por isso que está em investigação. Quando temos efeito adverso grave, do tipo que leva ao óbito, precisamos fazer uma investigação clínica e laboratorial detalhada para fechar o caso", prosseguiu.
De acordo com o Ministério da Saúde, considerando a primeira dose e a dose única, 21.936 doses de três tipos de imunizantes — AstraZeneca, CoronaVac e Janssen — foram aplicadas em adolescentes contrariando as recomendações sanitárias, uma vez que a Anvisa autorizou a inoculação de adolescentes somente com a Pfizer.
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Comentários (5)
Nyco
2021-09-16 19:01:10Deixem o bom velhinho trabalhar, ele sabe o que faz. Políticos não seguem as regras, querem palanques, não respeitam ninguém, não estão nem aí se as crianças vão morrer ou não, eles precisam de números, estatísticas, além de que, já forraram os bolsos com toda aquela bufunfa que o governo federal mandou para os estados e municípios. Portanto, deixem o velhinho trabalhar, o Brasil é um dos países que mais vacina no mundo e de forma organizada, não avacalhem. __ MITO 2022 reeleito já em 1º turno.
jose
2021-09-16 18:43:23Acho prudente aguardar para sabermos se causa da morte está associada a vacina . Vamos aguardar a “ Ciência “ como tantos pregam.
Maria
2021-09-16 18:29:25Queiroga tem competência para bajulador,mas não tem para ser ministro da saúde. seguiu conselhos do chefe para denegrir as vacinas deveria dizer a verdade
Antonio
2021-09-16 17:11:28Esse "governo" é inacreditável. O Brasil não merece.
THOMAS
2021-09-16 16:32:05Com um presidente negacionista que boicotou a vacinação e vem mentindo sobre a eficácia de tratamento precoce já era de se esperar uma confusão como essa. Talvez esse fosse o plano desde o início. #ForaBolsonaro