Quebra de sigilo mostra transações suspeitas de funcionários de Bolsonaro e Carlos, diz site
O esquema de rachid de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro pode ter se reproduzido nos gabinetes de Jair Bolsonaro da Câmara dos Deputados e de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores. Reportagem publicada pelo portal Uol nesta segunda-feira, 15, mostra que a quebra de sigilos bancário e fiscal de pessoas e...

O esquema de rachid de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro pode ter se reproduzido nos gabinetes de Jair Bolsonaro da Câmara dos Deputados e de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores. Reportagem publicada pelo portal Uol nesta segunda-feira, 15, mostra que a quebra de sigilos bancário e fiscal de pessoas e empresas ligadas a Flávio traz indícios de que o modus operandi do atual senador se repetia entre servidores de seus familiares.
A reportagem analisou as quebras de sigilo de Flávio Bolsonaro, que traz 607 mil operações bancárias. Entre as suspeitas identificadas estão transações financeiras realizadas pela segunda mulher do presidente, Ana Cristina Siqueira Valle. Durante oito anos, Jair Bolsonaro empregou em seu gabinete na Câmara dos Deputados Andréa Siqueira Valle, sua ex-cunhada. Todo o dinheiro depositado na conta de Andréa foi destinado posteriormente para Ana Cristina Valle.
Os dados mostram ainda que quatro funcionários que trabalharam para Jair Bolsonaro no Congresso sacaram 72% de seus salários -- eles receberam 764 mil reais e sacaram em espécie 551 mil reais.
A quebra de sigilo revela que uma ex-chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a servidora Mariana Mota, pagou o aluguel de uma quitinete para Leonardo Rodrigues de Jesus, primo do atual senador e mais conhecido como Léo Índio.
O dinheiro para quitar as despesas de Léo Índio saiu da conta de Mariana em 2007, época em que Flávio foi deputado estadual e seu primo constava como assessor na Assembleia Legislativa do Rio. Segundo a reportagem, Mariana recebeu em sua conta depósitos de outros servidores lotados no gabinete de Flávio Bolsonaro.
A ex-chefe de gabinete de Flávio fez pelo menos cinco pagamentos em favor de Léo Índio. As transferências foram realizadas na conta de Norival Dantas, proprietário do imóvel ocupado pelo primo dos filhos de Jair Bolsonaro. As transferências foram identificadas com anotações como “leo”.
Muito próximo da família do presidente da República, Léo Índio foi nomeado para a Primeira-Secretaria do Senado, por indicação do senador Sérgio Petecão, do PSD, aliado do Palácio do Planalto. Léo Índio tem salário bruto de 17,3 mil reais. Antes, ele havia passado pelo gabinete do senador Chico Rodrigues, preso com dinheiro entre as nádegas, em uma operação da Polícia Federal.
A transação que beneficiou Léo Índio segue o modus operandi revelado por investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro contra Flávio. O atual senador foi denunciado por comandar um esquema de rachid em seu gabinete na Alerj, mas a defesa tenta anular as apurações no Superior Tribunal de Justiça.
No fim de fevereiro, o STJ anulou as quebras de sigilo de Flávio Bolsonaro. A corte ainda vai analisar outro pedido de advogados de Flávio, que querem derrubar toda a investigação.
Em um dos casos mais emblemáticos, revelado por Crusoé, o ex-assessor Fabrício Queiroz e a mulher dele, Márcia Aguiar, depositaram 89 mil reais em cheques na conta bancária da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
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Comentários (10)
Carlos
2021-03-17 01:26:08QUE FAMIGLIA! SAI UMA ORCRIM E ENTRA OUTRA VERAMENTE MAFIOSA!
Leandro
2021-03-16 15:25:19Saiu uma ORCRIM e entrou outra. O pior é q o atual tem muitos filhos, tds querendo aproveitar a chance pra se dar bem, seguindo o q já fez o patriarca. Imagina essa família ficar o mesmo tempo q o PT, no poder, nossa capital será Caracas.
Maurício
2021-03-15 22:11:14A criação desses cargos de assessores são para isso mesmo, os políticos ficarem com parte ou totalidade dos salários. São totalmente desnecessários. Todas as assembléias, câmaras e o congresso nacional contam com muitos funcionários concursados, que poderiam fazer o trabalho desses indicados muito melhor. Isso é só para roubar o dinheiro do povo. Como sempre.
Marco
2021-03-15 19:14:53Como dizem aqui em Minas Gerais: -" Em cada enxadada vai sair muita minhoca"!
Nádia
2021-03-15 17:24:42Com essa de ter contas pagas pelo esquema, parece q já há um nome para assumir toda bronca.. pobre do sujeito.. tribo toda vai apontá o dedo pra ele..
PAULO
2021-03-15 17:22:43O Brasil é um burro cansado sobre uma ponte. De 1 lado da ponte, lhe aguarda o PT, e o seu maior esquema de corrupção da história. Do outro, o Bolsonaro, também corrupto e genocida. Temos alguns pequenos botes se articulando p/ salvar o burro desse seu triste destino. O botinho do Doria, Amoêdo, Ciro, Huck (q ainda nem ancheu), Boulos... Só q tem um problema, nenhum desses botinhos sozinho, suporta o peso do burro. Eles tem q se unir. Mas cada um tem o seu projeto pessoal. Pobre burro Brasil.
José
2021-03-15 17:09:40Tudo começou com Bolsonaro, tá tudo aí é só investigar!!
José
2021-03-15 17:08:20Tudo tem que ser investigado! Graças a Crusué nada fica esquecido, pra cima deles!!
Claudio
2021-03-15 16:42:23Mas aqui no Brasil político pobre e´político BOBO!! O sistema ajuda e dá até apoio jurìdico...
Alexandre
2021-03-15 16:04:53Já era de se imaginar que o Jairzão também se aproveitou do esquema de peculato. Idiota quem acredita nas mentiras dessa família.