Qual seu pronome? Na campanha de Kamala Harris, você pode escolher ao menos nove
A campanha de Kamala Harris tem 52 vagas de emprego abertas para áreas tão diversas quanto análise de dados, pesquisas, design, captação de eleitores e redação. Mas, mais diversas que as vagas, são os pronomes que o candidato pode querer ser tratado durante uma potencial entrevista. São ao menos nove opções. Para começar, uma pessoa...
A campanha de Kamala Harris tem 52 vagas de emprego abertas para áreas tão diversas quanto análise de dados, pesquisas, design, captação de eleitores e redação.
Mas, mais diversas que as vagas, são os pronomes que o candidato pode querer ser tratado durante uma potencial entrevista. São ao menos nove opções.
Para começar, uma pessoa interessada pode se declarar como "He" (ele) ou "She" (ela).
Mas há muito mais.
Na terceira opção, a pessoa pode se declarar como "They" (eles/elas), caso o candidato não se enxergue como homem, nem como mulher.
A lista da diversidade não para por aí.
Há ainda outras seis alternativas na aba "pronomes" — algumas intraduzíveis para o português.
"Ze" é para os que estão em dúvida.
"Fae" vale para todos os gêneros.
"Hu", um dos mais novos, é para os transgêneros.
Caso as nove alternativas ainda sim não satisfaçam a pessoa candidata, ela pode optar por um pronome único e exclusivo só seu. Dá para customizar. Se alguém com o nome Kamala quiser ser chamado de "Alteza Kamala", pode.
E, claro, ainda pode escolher nenhum.
Kamala já foi apelidada pejorativamente pelos republicanos, durante a campanha, de a "candidata D.E.I" — sigla em inglês para diversidade, igualdade e inclusão. Nesse caso, a inclusão e diversidade parece ser levada a um extremo.
"A campanha está comprometida com a diversidade em sua equipe, e reconhece que seu sucesso requer o máximo comprometimento em obter e reter um time diverso", diz a campanha em seu manifesto, que garante "recrutar, treinar, promover e administrar todas as ações de pessoal sem importar sexo, raça, idade, cor, credo origem nacional, religião, status econômico, orientação sexual, status de veterano militar, identidade de gênero ou de expressão, identidade ética ou qualquer outro parâmetro."
Até o momento, quase todas as alternativas de pronomes apresentadas pela campanha de Harris (à exceção do He/She) não foram incorporadas à norma culta da língua inglesa.
Tal como na língua portuguesa falada no Brasil, no entanto, isso não impede seus falantes de promover contorcionismos para tentar representar o que justificam ser "novas formas de expressão gênero", que fugiriam da definição de masculino e feminino — no Brasil, o uso da palavra "todes" virou símbolo de quando a tentativa de inclusão passa por cima do dicionário, com muitas cidades proibindo seu uso.
A campanha de Donald Trump não indica quantas vagas estão abertas, nem quais pronomes uma pessoa pode escolher.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-08-17 08:02:37Com todo respeito e nenhuma discriminação mas bom humor e sátira o slogan perfeito para K-Mala é . EU SOU NEGUINHA .. haja cinismo É D+ !!!