Putin não aceita menos que a capitulação total da Ucrânia
Apoiado por ditadores e pelo presidente brasileiro Lula, russo se recusa a aceitar um cessar-fogo antes de negociações de paz

Os anúncios de uma possível negociação de paz em Istambul para acabar com a invasão russa da Ucrânia devem ter pouco resultado prático.
Não há motivos para o ditador russo Vladimir Putin (na foto, com Lula e Janja), que iniciou a guerra em 2022 querendo conquistar toda a Ucrânia, desista do seu plano.
Putin está em uma posição de força.
E ninguém que esteja com vantagem no campo de batalha aceita negociar a troco de nada.
Dia da Vitória
Na sexta, 9, Putin conseguiu reunir vários ditadores e o presidente brasileiro Lula em Moscou, para celebrar o Dia da Vitória, que marca a derrota dos nazistas para os soviéticos na Segunda Guerra Mundial.
Com o evento, Putin mostrou aos russos e ao mundo que conta com apoio de vários países para sua aventura bélica.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está numa situação muito diferente e desconfortável.
Zelensky recebeu quatro líderes europeus no sábado, 10, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron.
Eles concordaram sobre a exigência de um cessar-fogo de 30 dias com Putin como pré-condição paras as negociações de paz começarem.
Segundo eles, o presidente americano Donald Trump estaria de acordo com essa exigência.
Deu tudo errado.
O jogo de Putin
Putin se recusou a fazer qualquer cessar-fogo e propôs negociações diretas em Istambul, na Turquia.
Trump, em vez de manter a posição que tinha sido combinada, de exigir um cessar-fogo de 30 dias, publicou nas redes sociais que Zelensky deveria fazer o que Putin mandava.
"O presidente russo Putin não quer um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, mas sim uma reunião na quinta-feira, na Turquia, para negociar um possível fim ao banho de sangue. A Ucrânia deve concordar com isso, imediatamente", escreveu Trump.
A mensagem deixou evidente que os aliados ocidentais não estão unidos. E Putin tira proveito disso.
Ao propor negociações em Istambul, os russos afirmaram que seria para retomar os protocolos das conversas que foram esboçadas em maio de 2022.
O problema é que, nos esboços desses protocolos, obtidos pela imprensa, a Rússia exigia a rendição total da Ucrânia.
Quando Putin fala em retomar esses protocolos, não está dando outra alternativa à Ucrânia além da rendição total.
Leia em Crusoé: Dia da Derrota
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