Putin ajudará Trump em negociação com o Irã
Moscou quer ser o elo entre os EUA e o regime iraniano sobre programa nuclear e outros assuntos

O ditador russo, Vladmir Putin, intermediará as negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o regime iraniano sobre o programa nuclear de Teerã.
Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, Moscou quer ser o elo entre o governo Trump e o Irã em tópicos relevantes.
"A Rússia acredita que os Estados Unidos e o Irã devem resolver todos os problemas por meio de negociações", diz a reportagem da Bloomberg.
A relação entre Trump e Putin ficou ainda mais estreita neste segundo mandato do republicano.
Petróleo
Desde o início de seu mandato, Trump prometeu restaurar a campanha de "pressão máxima" sobre o Irã.
Para isso, o governo americano assinou uma ordem executiva com uma série de sanções sobre exportações de petróleo iraniano.
Além disso, Washington impôs uma nova rodada de sanção contra indivíduos e embarcações ligadas à indústria petrolífera de Teerã.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, a medida atinge mais de 30 pessoas próximas ao regime iraniano, além de navios de corretagem, venda e transporte de petróleo do Irã.
Washington classificou os sancionados como uma engrenagem de “facilitadores de transporte ilícito”, que enviou “dezenas de milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em centenas de milhões de dólares” para fugir de restrições internacionais.
Todas as propriedades de indivíduos sancionados localizadas nos Estados Unidos – ou sob o controle de pessoas americanas – serão bloqueadas e devem ser reportadas ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).
Entre os penalizados pelos EUA, estão corretores de petróleo dos Emirados Árabes Unidos e Hong Kong. Além deles, operadores de navios da Índia e China foram atingidos. As sanções também serão estendidas a empresas sediadas na Malásia, Seychelles e Emirados Árabes Unidos, acusadas de atuar como intermediárias na venda de petróleo iraniano.
"Erro histórico"
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, já afirmou os Estados Unidos podem cometer “um dos maiores erros históricos” em eventual ataque às instalações nucleares iranianas.
Segundo Araghci, o regime de Teerã, comandado pelo aiatolá Ali Khamenei, responderia “imediatamente” a investida, o que levaria a uma “guerra total na região”.
Para o ministro iraniano, os dois países deveriam tomar medidas para reconstruir a confiança, a começar pela liberação de fundos congelados pelos americanos.
“Temos um longo relacionamento com a América e, infelizmente, essa história está cheia de eventos e posições muito ruins e negativas, a ponto de inimizade com a República Islâmica do Irã pela América [Estados Unidos]“, disse à rede de TV Al Jazeera.
Araghchi, porém, citou a antiga retórica iraniana de que os Estados Unidos promovem “hostilidades” ao regime
“Desde o início da Revolução Islâmica e o início da República Islâmica do Irã, enfrentamos regularmente essas hostilidades e ações dos EUA.”
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