Câmara dos Deputados

PT diverge da oposição e decide apoiar manifestações de rua na pandemia

05.06.20 11:42

Depois de criticar o presidente Jair Bolsonaro por sua participação em atos públicos durante a pandemia, o PT decidiu apoiar a realização de manifestações de rua a favor da democracia e contra o governo. O tema dividiu a esquerda, mas a maioria dos partidos de oposição ao Planalto defende que não é sensato fazer protestos no momento mais crítico da pandemia – na quinta-feira, o Brasil bateu mais um recorde de mortes diárias, com 1.473 vítimas em 24 horas.

“As manifestações pacíficas de rua contra Bolsonaro e o fascismo são o fato novo na luta pela democracia e pela vida no Brasil. São ações legítimas, protegidas pela Constituição, que garante de forma expressa o direito às liberdades de expressão, reunião e de associação”, diz um trecho da nota, assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes do partido na Câmara, Ênio Verri, e no Senado, Rogério Carvalho.

“Considerando as condições impostas pela pandemia, recomendamos que os participantes das manifestações observem da melhor maneira possível, as medidas recomendadas pela OMS, como uso de máscaras e o distanciamento social”, afirmam os petistas no documento.

O comando do PT demonstrou preocupação com confrontos. “Os militantes democráticos que participam destes atos devem também resistir às provocações e isolar os infiltrados, que já vêm agindo para tentar desvirtuar o caráter das manifestações e dar pretexto à repressão e ao discurso de fechamento do regime”.

Na quinta-feira, o vice-líder do PT no Senado, Jaques Wagner, assinou uma nota com líderes da Rede, do PSB, do PDT, do PSD e do Cidadania, para “desencorajar” os brasileiros de irem às ruas.

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