Pazuello admite colapso no Amazonas: 'Próximos dias serão os mais críticos'
Ao lado de Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), reconheceu nesta quinta-feira, 14, o colapso do sistema de saúde do Amazonas e afirmou que "os próximos cinco ou seis dias serão os mais críticos", uma vez que, nesse período, os recursos enviados pelo governo federal ainda estarão em traslado. Durante a tradicional...
Ao lado de Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), reconheceu nesta quinta-feira, 14, o colapso do sistema de saúde do Amazonas e afirmou que "os próximos cinco ou seis dias serão os mais críticos", uma vez que, nesse período, os recursos enviados pelo governo federal ainda estarão em traslado.
Durante a tradicional live do presidente da República, o general observou que a demanda por oxigênio no estado cresceu exponencialmente — há necessidade diária de 75 mil metros cúbicos de oxigênio em Manaus e de 15 mil metros cúbicos no interior. Além disso, lembrou a falta de leitos. Segundo Pazuello, pelo menos 480 pessoas estão na fila para atendimento.
"Estamos com uma situação bastante grave em Manaus. Eu considero que, sim, há um colapso hoje no atendimento de saúde", disse Pazuello. "O que caracteriza esse colapso é justamente você não poder atender a fila e ter uma letalidade bastante alta", completou.
De acordo com Pazuello, o governo federal movimentou-se pela contratação de pessoal e entrega de insumos ao estado. "Estamos com a segunda aeronave, hoje, entrando em circuito. A segunda aeronave fazendo o deslocamento Guarulhos (SP)-Manaus (AM). A partir de amanhã, entram mais duas aeronaves. Chegaremos a seis aeronaves no circuito, totalizando algo em torno de 30 mil metros cúbicos de oxigênio a partir de Guarulhos nessa ponte aérea. E existem também deslocamentos terrestres até Porto Velho e deslocamento fluvial vindo de Belém", completou.
Pazuello atribuiu o caos à uma "conjunção de fatores". Mencionou, por exemplo, que "Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce, com o diagnóstico clínico, no atendimento básico". O "tratamento precoce" citado pelo ministro é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e inclui o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, como azitromicina e hidroxicloroquina.
O chefe da Saúde acrescentou que "a infraestrutura hospitalar de atendimento especializado é bastante reduzida". "Se você juntar esses dois fatores e colocar o clima, você vai ter uma grande procura por estrutura e tratamento especializado", anotou.
Pazuello ainda elencou problemas logísticos, ressaltando que o estado fica em meio à Floresta Amazônica. "Manaus, pela sua posição estratégica, é uma preciosidade para o nosso país ser mantida ali, mas há um custo para isso. Há um custo logístico, há um custo humano das pessoas que lá vivem, por todas as dificuldades de chegarem os meios naquela cidade. Qualquer coisa que você precise de avião ou dias embarcados no barco até chegar".
Ao eximir a gestão federal da culpa, o ministro afirmou que "a responsabilidade pela ação continua com o prefeito e o governador do estado". "Mas estamos apoiando em todos os aspectos. Na ponte área, fluvial, terrestre e, agora, começando a remoção de pacientes de menor gravidade para diminuir o impacto, colocando-os em hospitais federais".
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Comentários (10)
Antonio
2021-01-15 12:05:45Cadê a justiça e a OAB para por esses irresponsáveis no banco dos reus , afinal estão praticando crimes contra a cidadania e , ninguém toma providências. Enquanto isso, botafogo está comemorando com Gilmar sem máscaras. Clemência tribunal penal internacional.
Robinson
2021-01-15 10:52:29General, recuso me referir ao senhor como ministro da saúde, tratamento precoce desta pandemia é distanciamento social, uso de máscaras, tudo que já se sabe e que este governo insiste em negar.
Nádia
2021-01-15 09:15:31Agora ele já tá acreditando q é ministro da saúde mesmo.. kkkkk só rindo. No começo ainda tinha a cretinice menor de deixar entrever q interpretava (mal) um papel.. Agora pensa q começou a saber de saúde pública.. kkkk o cara não consegue marcar uma data.. utiliza um código de letrinhas q nem CRIANÇA DE SEIS ANOS OUSARIA.. dizer pra profi.. Ele fez disso um pronunciamento para o povo.. General DH tá pensando q é ministro da saúde.. VAI ESTUDAR (de verdade) GENERAL..!!!!
Fabiano
2021-01-15 09:15:18Onome disto é falta de planejamento de um desgoverno incapaz de lidar com a pandemia.
Maria
2021-01-15 06:37:28IMPEACHMENT JÁ !!!
Sebastião
2021-01-15 00:54:43ENQUANTO OS CÃES ANTIBOLSONARO LATEM, A CARAVANA PASSA...
Marco
2021-01-15 00:17:44O melhor é a foto dos dois. É bem explicativa.
MARCELO
2021-01-14 23:23:14Esse general é uma vergonha para o exército brasileiro. Com certeza o pior ministro da Saúde.
Jose
2021-01-14 22:59:29Pessoas morrendo sem oxigênio depois de um ano da pandemia. Que país é este? Pior ainda é a segunda onda aparecer com força por causa dos bozistas terem violado sistematicamente as ações de cuidado necessárias para evitar a propagação do vírus. Bozistas, vocês são genocidas!
MARIO
2021-01-14 22:53:15A culpa é do Cabral, que descobriu essa bananalandia!