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Primo de Baldy preso pela PF ganha R$ 13 mil de jeton do governo Doria

07.08.20 09:17

Preso pela Polícia Federal junto com Alexandre Baldy (foto) nesta quinta-feira, 6, sob a acusação de ser o intermediário da propina paga ao atual secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, o advogado Rodrigo Sergio Dias, que é primo de Baldy, recebe 13 mil reais de jeton do governo João Doria, do PSDB.

Assim que assumiu a pasta responsável pelo transporte público do estado, em janeiro de 2019, Baldy nomeou o primo para ser diretor administrativo e financeiro da CPTM, companhia de trens do governo de São Paulo. Ele ficou no cargo até junho daquele ano, quando assumiu uma diretoria na EMTU, outra estatal que administra o sistema de ônibus metropolitano.

Em agosto, Dias renunciou ao cargo da EMTU para assumir o comando do disputado Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, no governo Jair Bolsonaro. A ida para o fundo bilionário da educação foi patrocinada pelo presidente Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM, amigo de Alexandre Baldy e de João Doria.

Dias ficou no comando do FNDE por apenas quatro meses, depois que o clima de tensão entre Bolsonaro e Maia se agravou. Mas Baldy não deixou o primo a pé e manteve ele como conselheiro de duas estatais vinculadas a secretaria que comanda no governo Doria, a própria EMTU e o Metrô. Em cada uma, recebe 6,5 mil reais de jeton para participar das reuniões do conselho.

Segundo a Lava Jato do Rio, que pediu a prisão de Baldy e Dias, o primo do atual secretário de Doria era o intermediário dos supostos recebimentos de propina do ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades no governo Michel Temer. Dias foi o presidente da Fundação Nacional da Saúde, a Funasa.

Foi por meio de um contrato fraudado na Fiocruz, órgão vinculado à Funasa, que Baldy recebeu 900 mil reais de propina, segundo empresários delatores ouvidos pelo Ministério Público Federal. Já Rodrigo Dias, segundo a investigação, teria recebido 250 mil reais em pagamentos ilícitos, entre 2017 e 2018, quando comandava a Funasa no governo Temer.

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  1. Crusoé, a Funasa e a Fiocruz são vinculadas ao Ministério da Saúde. Não uma a outra. Não dá pra ter credibilidade quando não se confere os dados corretamente. Básico no jornalismo.

    1. É fantástico , não falta canalhas, multiplicam -se mais que vírus.

  2. Só um breve comentario. Isso é de somenos importância a mídia quer mesmo saber é dos cheque da Michele Bolsonaro. Quer ver? veja o JN de hoje.

  3. Vamos ver quem vai dar o famoso Habeas Corpus pro degustador de charuto cubano e adpeto dos vinhos caros e vida fácil com dinheiro público. Sempre aparece aquelas histórias que foi um espetáculo a prisão e que não era preciso por ter endereço conhecido e o crime foi lá pelos longínquos anos de 2011/2012. Quem viver verá que nesse caso presente depararemos com a impunidade e a já famosa prescrição, bem ao gosto do bandido ora travestido de político.

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