Presidente do STJ suspende ação contra ex-mulher de Wassef
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, acatou um habeas corpus e suspendeu a tramitação de uma ação penal movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios contra Maria Cristina Boner (foto), ex-mulher de Frederick Wassef, pela suposta prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A empresária é...
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, acatou um habeas corpus e suspendeu a tramitação de uma ação penal movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios contra Maria Cristina Boner (foto), ex-mulher de Frederick Wassef, pela suposta prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A empresária é acusada de ter pago propina em troca do favorecimento de sua empresa, a B2BR, em um contrato com a Codeplan, por serviços de informática, em 2006. O caso foi investigado no âmbito da Operação Caixa de Pandora, que mirou o "mensalão do DEM".
A defesa argumentou que a ação penal baseia-se apenas na delação de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do DF. Os advogados pontuaram, ainda, que Maria Cristina Boner foi absolvida no âmbito de uma ação de improbidade administrativa relativa aos mesmos fatos narrados pelo delator.
Humberto Martins concordou e disse ver "constrangimento ilegal" de Maria Cristina no caso. "Isso porque, diante da existência de dois procedimentos distintos, respondidos pelo mesmo sujeito e aparentemente sobre os mesmos fatos e considerando que no primeiro procedimento existe uma decisão absolutória já transitada em julgado, é justo se perquirir acerca da viabilidade do trâmite do segundo", anotou.
O presidente do STJ ainda disse que a Justiça não pode permitir a "eternização" da investigação de agentes públicos. "Nesse contexto, o direito sancionador não pode ser insensível às injustas e às massacrantes perpetuações de persecuções estatais. O poder persecutório estatal não se presta gerar o assédio processual, com multiplicações de investigações sobre o mesmo fato, sendo necessário que se estabeleça um limite para a atuação do Estado em desfavor do indivíduo."
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Comentários (10)
MARCOS
2022-01-06 13:11:39NÃO ADIANTA. ESTÁ TUDO DOMINADO. NO BRASIL OS CRIMINOSOS PODEROSOS E SEUS AMIGOS SEMPRE FICAM IMPUNES.
Sandra Galasse
2022-01-05 18:15:50Que vergonha!!!! Não tem corrupção porque não investigam. Os juízes amigos do planalto estão ajudando bastante.
Mathilda
2022-01-05 12:54:22Eu me pergunto pra que serve Brasília??? Nada ali funciona!!! Só temos gastos e corrupção em Brasília!!!
Sillvia2
2022-01-05 10:52:09Certos membros ministros nos levam a questionar se, apesar de serem chamados de tribunais superiores, não seriam na verdade cortes INFERIORES, ligadas ao poder de políticos corruptos de plantão?
PAULO SERGIO NOBREGA DE OLIVEIRA
2022-01-05 09:20:06A DUPLA DA IMPUNIDADE GILMAR E HUMBERTO. SOLTA TODOS OS CORRUPTOS.
Maria
2022-01-05 08:10:26Tudo aparelhado pelo corrupto Bolsonaro.em quem votei completamente enganada pelas promessas
Antonio
2022-01-05 07:48:02Tudo como dantes no quartel de abrantes
Gilberto
2022-01-05 03:17:09Eles nao querem a eternização da investigação, mas querem a internizacao da impunidade. vergonha dessa justiça que temos hoje. Precisamos dar um reset geral e trocar todo stf, stj, pgr, desembargadores e etc, so assim começar do zero para o Brasil voltar a ter justiça de verdade. Ate la e segunda turma soltando bandidos poderosos e stf/stj soltando lideres do PCC. Uma bagunça essa justiça Brasileira.
Emilio Cêdo
2022-01-04 21:54:19Imprensa inadimplente não vai atrás - com rigor, coragem e determinação - da ficha corrida deste e de outros. É só encontrar a primeira pena, as outras vão aparecendo.
Regina
2022-01-04 21:45:37Nada como ter amigos poderosos!