Prefeito e secretário de Câmara são assassinados no México
Alegande Arcos, de 43 anos, foi encontrado decapitado, segundo a imprensa local. Autoridades, que não confirmaram os detalhes, anunciaram que Arcos foi assassinado
O prefeito e o secretário-geral da Câmara Municipal da cidade Chilpancingo, no sul do México foram assassinados em um intervalo de três dias, em menos de uma semana de terem assumido seus cargos.
Alegande Arcos (foto), de 43 anos, foi encontrado decapitado, segundo a imprensa local. As autoridades, que não confirmaram os detalhes, anunciaram no domingo, 6 de outubro, que Arcos foi assassinado. Ele estava há seis dias no comando do Executivo local.
Antes, na quinta, 3, Francisco Tapia havia sido assassinado a tiros no centro de Chilpancingo. Tapia havia assumido a Secretaria-Geral da Câmara Municipal na gestão Arcos.
"Sobre o lamentável acontecimento com o presidente municipal [prefeito] de Chilpancingo", disse a recém-empossada presidente mexicana Claudia Sheinbaum em videoconferência matinal nesta segunda. Arcos e Sheinbaum foram eleitos em junho.
"Estão sendo feitas as investigações necessárias para descobrir qual foi o motivo e, claro, para fazer as prisões correspondentes", acrescentou a presidente.
Chilpancingo é capital do estado de Guerrero, que tem um histórico centenário de conflito agrário, envolvendo também as autoridades públicas. Um desses casos envolve o sequestro de quarenta e três estudantes de uma escola na comunidade rural de Ayotzinapa em 26 de setembro de 2014.
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Lula e os ditadores
A lista de convidados para a posse de Claudia Sheinbaum, na Cidade do México, nesta terça, 1º de outubro, é um péssimo presságio para os mexicanos que prezam pela democracia.
Claudia, que é do mesmo partido de Andrés Manuel López Obrador, o Morena, convidou, além de Lula, três ditadores latino-americanos para sua cerimônia de inauguração.
O ditador cubano Miguel Díaz-Canel foi um dos primeiros a chegar ao México ainda neste domingo, 29, assim como o presidente Lula e a primeira-dama Janja (foto).
O cubano tem grande interesse no México, pois, sob o governo de López Obrador, o México recebeu milhares de médicos cubanos, em um programa semelhante ao Mais Médicos no Brasil. Essas missões no exterior são a principal fonte de recursos da ditadura comunista na ilha.
O venezuelano Nicolás Maduro também estava na lista dos convidados, mas se ausentou. Ele foi um dos que mais comemorou a vitória de Claudia, em junho, pedindo que o México criasse “uma alternativa à direita e ao neoliberalismo“.
O nicaraguense Daniel Ortega foi convidado, mas deu o cano. Paranoico, o nicaraguense raramente deixa o seu país, com medo de ser deposto.
Vladimir Putin também foi convidado e não foi. O ditador russo tem um mandado de prisão em seu nome, expedido pelo Tribunal Penal Internacional, o TPI.
Quem não foi à posse de Claudia Sheinbaum
O rei espanhol Felipe VI não foi convidado.
Figura carimbada em diversas posses presidenciais na América Latina, o monarca da Espanha ficou de fora da lista desta vez por um motivo banal: o rei se recusou a pedir desculpas pela colonização espanhola.
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