Kremlin

Por que Vladimir Putin está vencendo a guerra na Ucrânia

24.02.24 07:56

Neste sábado, 24, completam-se dois anos da ordem de Vladimir Putin (foto), o presidente russo, para uma invasão com força total a Ucrânia. A “operação militar especial” para tomar a capital, Kiev, jamais se cumpriu. Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, teve o apoio de americanos e europeus. Moscou sofreu sanções inéditas de todo o mundo.

E mesmo assim, no segundo aniversário do início da invasão, é inevitável dizer que Putin e Moscou estão vencendo a guerra.

Os números mostram que o impasse que parece se arrastar nos últimos meses é um sinal de que Moscou está jogando a longo prazo e, até o momento, obtendo o que quer. Cerca de um quinto do território internacionalmente reconhecido como ucraniano hoje está sob o jugo russo. Os ucranianos até recapturaram cidades como Karkhiv, mas outras importantes como Donetsk e Luhansk já perderam o controle originário.

As baixas do lado russo nessa batalha, informam um dos poucos veículos independentes de mídia do país, chegam a quase 45 mil — o triplo do registrado quando a então União Soviética tentou invadir o Afeganistão nos anos 1980 (uma derrota tão estrondosa que é chamada de “Vietnã Soviético”).

O número jamais é reconhecido pelo Kremlin, até porque isso é um problema menor para Moscou do que para Kiev, que deve alterar suas regras até para recrutar seus homens em outros países.

O dinheiro que sustenta a resistência a Kiev ainda entra principalmente vindo dos Estados Unidos e da União Europeia, mas tem sido cada vez mais difícil de conseguir. Os bilhões enviados por Washington vão sair apesar de uma resistência dos parlamentares republicanos, mais interessados em alimentar a disputa interna por imigração.

E as sanções econômicas impostas ao governo russo e a seu sistema financeiro, por maiores que tenham sido, não imobilizaram a economia russa — a ponto do FMI apostar em um crescimento do PIB do país de 1,1% para 2023. A rede de apoio do país ainda está funcional: a Coreia do Norte manda armas, o Irã manda drones, e mesmo o Brasil, como mostra reportagem de capa da Crusoé esta semana, entra na equação, ao importar um diesel mais barato desde o governo Jair Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, 22, durante uma coletiva de imprensa, Dmitry Medvedev — ex-presidente da Rússia e ainda o braço direito de Putin no Kremlin — disse que o país terá de tomar a capital ucraniana “mais cedo ou mais tarde” , enquanto planeja uma nova ofensiva para conquistar Odesa, a principal cidade no litoral ucraniano. Não se sabe qual a pressa dos russos para isso — mas eles irão tentar de novo.

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  1. Põe tudo isso na conta dos EUA, REINO UNIDO e debiloides europeus. Provocaram a Russia até a exaustão. Um palhaço presidente da ucrania foi na onda. Imagina se Russia ou Crina montassem bases militarrs em Cuba ou venezuela. A confusão era enorme. Mas a TAL OTAN PODE CETCAR A RUSSIA.? AVANTE, RUSSIA, TOMA TODA A UCRANIA.

  2. A Rússia assassina secular destrói mais uma vez a Ucrânia a quem Stálin assassinou dez milhões pela fome, fuzil e nos campos de concentração e assim à história se repete ... quem será o proximo?

    1. Interessante como a guerra de Israel trás tanto questionamento mas a invasão da Ucrânia que já está fazendo dois anos o governo não fala nada

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